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Estado de Minas

Bras�lia se organiza para receber grupos pr� e contra o impeachment

A previs�o, no entanto, � de um grande p�blico na Esplanada dos Minist�rios no fim de semana, quando o plen�rio da C�mara analisa o pedido de afastamento da presidente Dilma Rousseff


postado em 13/04/2016 10:50 / atualizado em 13/04/2016 10:57

Bras�lia - �s v�speras da vota��o do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o clima tenso dos pal�cios e gabinetes de Bras�lia ainda n�o atingiu avenidas e gramados da capital federal. A previs�o, no entanto, � de um grande p�blico na Esplanada dos Minist�rios no fim de semana, quando o plen�rio da C�mara analisa o pedido de afastamento. Os movimentos sociais a favor do governo sa�ram na frente, com um acampamento que, at� esta ter�a-feira, reunia duas mil pessoas numa �rea pr�xima ao Est�dio Man� Garrincha. Os grupos contr�rios � presidente tinham apenas 25 pessoas no seu acampamento, montado no Parque da Cidade.

Protestos, aumento de policiais e instala��o de muros e alambrados na regi�o central, nos �ltimos dias, n�o alteraram a rotina de uma cidade acostumada a mobiliza��es pol�ticas e esquemas especiais de seguran�a.

Ger�ncias de quatro hot�is de luxo e quatro de categoria simples ouvidas pela reportagem disseram que a taxa de ocupa��o ao longo desta semana est� em torno de 40%, porcentual considerado normal para este per�odo. Os empres�rios esperam atingir o dobro no s�bado e no domingo. Num grande hotel pr�ximo �s resid�ncias oficiais do Jaburu e do Alvorada, a estimativa de ocupa��o, no entanto, � de 46,8% - �ndice que leva em conta reservas efetuadas at� a tarde de segunda-feira.

Movimentos de rua contra e a favor do impeachment dizem que ocupar�o totalmente os espa�os que lhes foram reservados pela Secretaria de Seguran�a P�blica no gramado da Esplanada e na frente do Congresso. Um muro de placas de a�o foi instalado para dividir, entre os dois grupos, a tradicional �rea de manifesta��es populares. O maior n�mero de pessoas previstas para acompanhar a vota��o deve vir de Bras�lia, das cidades sat�lites e da Regi�o do Entorno do Distrito Federal.

O Movimento Sem Terra (MST) e a Central �nica dos Trabalhadores (CUT) coordenam a manifesta��o pr�-Dilma. A expectativa � que o acampamento do Man� Garrincha se multiplique por 20 na pr�xima sexta-feira, com a chegada do economista Jo�o Pedro St�dile, l�der do MST. "O fantasma do golpe voltou com Michel Temer e Eduardo Cunha, vamos derrot�-los e evitar que eles passem por cima dos sonhos dos brasileiros", disse Alexandre Concei��o, da executiva do MST, em assembleia preparat�ria realizada na tarde desta ter�a.

O MST espera trazer dez mil pessoas especialmente do Nordeste. Ismael C�sar, da executiva da CUT, estima a chegada de 50 mil representantes de sindicatos de S�o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goi�s.

Muro

O grupo a favor da presidente aceitou a decis�o do governo do Distrito Federal de instalar o muro de placas de a�o. "Esse muro representa de fato a divis�o da sociedade. O muro apenas se materializou", disse Rafaela Alves, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). "N�s defendemos apenas um projeto em que os trabalhadores do campo possam viver bem, com direitos b�sicos."

O refor�o ao grupo contra Dilma � prometido por entidades setoriais. � o caso da Confedera��o Nacional da Agricultura, que espera trazer 20 mil agricultores. A grande presen�a de p�blico na manifesta��o do dia 13 de mar�o pelo impeachment anima o grupo. Na manh� de ontem, representantes dos movimentos Limpa Brasil, Resist�ncia Popular e Vem Pra Rua fizeram um ato em frente ao Congresso para criticar a instala��o do muro e a proibi��o de bonecos infl�veis e de carros de som de grande porte.

Eles chegaram a dizer para o comandante da PM que a Esplanada deveria ser ocupada apenas por quem defende o impeachment - alegam, por exemplo, que protocolaram primeiro o pedido para protestar no local. "Esse muro � uma vergonha. O Brasil n�o est� dividido, somos 93%" disse Beatriz Kicis, do Resist�ncia Popular, sem apontar a fonte de sua estimativa.

Sob o sol escaldante do cerrado, o ato teve um tom quase m�stico por conta da proibi��o do Pixuleco, um boneco infl�vel do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva vestido de presidi�rio. Jailton Almeida, do Vem Pra Rua, n�o se conformava com a decis�o. "Eles n�o podem proibir a presen�a do Pixuleco, s�mbolo desta caminhada", disse ao microfone. "Com a gra�a de Deus, dia 17 ser� mais uma vit�ria."

Ao menos nos discursos, n�o h� previs�o de desmontagem de acampamento de um lado ou outro do Eixo Monumental. Beatriz disse que s� deve desarmar as barracas do Parque da Cidade quando o "comunismo" for "afastado" do Pa�s. J� Rafaela Alves, afirmou que a desmobiliza��o dos movimentos sociais a favor de Dilma vai depender da "conjuntura". "N�o posso dizer que vamos ficar s� at� o dia 17."


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