Ex-porta-voz da presidente Dilma Rousseff e ex-ministro da secretaria de Comunica��o do Pal�cio do Planalto, o jornalista Thomas Traumann considera que n�o h� mais como o governo reagir para tentar impedir o impeachment da petista. A vota��o do processo de afastamento da presidente est� prevista para ocorrer no pr�ximo domingo na C�mara dos Deputados.
Em parecer, divulgado na �ltima quinta-feira o procurador disse ver elementos de "desvio de finalidade" da presidente na escolha do petista para assumir o minist�rio. Dilma, segundo o procurador, teria inten��o de tumultuar as investiga��es da Opera��o Lava-Jato.
"Acho que acabou. N�o consigo ver mais nenhum tipo de rea��o que o governo possa ter. A partir da decis�o do Janot, teve uma virada. A decis�o do Janot mostrou uma fragilidade muito grande do governo. Uma coisa era, para as pessoas que estavam negociando, ter o Lula como chefe da Casa Civil, com a caneta na m�o. A outra � n�o ter", afirmou Traumann.
"O governo demorou para reagir, at� agora n�o reagiu... h� um domin� que vem da sexta-feira para c�. N�o teve rea��o nenhuma do governo em rela��o a isso, o que � uma quest�o b�sica. Os acordos que est�o sendo feitos v�o ser cumpridos?", ponderou.
O ex-porta-voz de Dilma tem atuado atualmente na iniciativa privada e como consultor tamb�m tem procurado integrantes da c�pula do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, que tem atuado abertamente pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff.
Traumann esteve reunido ontem em Bras�lia com o presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Moreira Franco, bra�o direito do vice. O jornalista nega que tenha sido feito qualquer convite para a participa��o de um poss�vel "governo Temer".
"Estou na iniciativa privada. Estou como consultor e tenho que entender a pol�tica como ela est�, ter um term�metro. Ontem foi um dia muito importante, um dia decisivo... Fa�o cen�rios para mostrar para onde est�o indo as coisas e por isso tenho que conversar com as pessoas", ressaltou.
O ex-ministro deixou o Pal�cio do Planalto em mar�o de 2015, uma semana ap�s o jornal O Estado de S. Paulo revelar o conte�do de um documento reservado que previa "caos pol�tico" e criticava a "comunica��o err�tica" do governo Dilma.