O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se recusou, nesta quarta-feira, 13, a discutir prazos ou falar sobre o tr�mite do processo de impeachment na Casa. De acordo com ele, � preciso aguardar para saber se o processo, de fato, ser� autorizado pela C�mara dos Deputados na vota��o que est� prevista para este fim de semana.
"N�o sou cartomante ou quiromante para fazer previs�es. Preciso aguardar os fatos para decidir, ou at� mesmo n�o decidir, o que fazer", disse. Renan defendeu que os prazos previstos em lei sejam respeitados, entretanto, n�o h� consenso sobre a dura��o do processo, j� que leis diferentes trazem tramita��es variadas dentro do Senado.
Com a possibilidade de que os l�deres de bancada pressionem por uma tramita��o r�pida, ou que os parlamentares sofram com a press�o p�blica das ruas, Renan tamb�m afastou a ideia de acelerar o processo por estas raz�es. "Aconte�a o que acontecer, vamos agir sempre da mesma forma, em defesa do equil�brio", afirmou.
A assessoria t�cnica do Senado prev� que, em caso autoriza��o da abertura do processo de impeachment pelos deputados no domingo, 17, o Senado possa votar at� o dia 11 de maio o pedido de instaura��o do processo com o consequente afastamento autom�tico de Dilma.
Desembarque
O presidente do Senado tamb�m comentou o posicionamento de partidos da base do governo que abandonaram o apoio e determinaram voto favor�vel ao impeachment. Ele aproveitou para criticar partidos que tomaram a decis�o de punir parlamentares que votarem de forma diferente da orienta��o partid�ria.
"Acho que esse fechamento de quest�o dos partidos � uma 'for�a��o de barra', porque o que vamos ter � o julgamento do impeachment, que, mais do que uma quest�o partid�ria, � sobretudo uma quest�o de consci�ncia", alegou. Desde a �ltima ter�a-feira, 12, partidos como PP e PTB anunciaram posicionamentos em favor do impeachment. O PRB fechou quest�o com a mesma orienta��o, anunciando que punir� parlamentares. J� o PDT fechou quest�o contr�ria ao impeachment e tamb�m pretende punir ou expulsar quem votar de forma diferente.