
Em uma entrevista convocada �s v�speras da vota��o do processo de impeachment pela C�mara, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, fez uma defesa do governo da presidente Dilma Rousseff. Depois de fazer um balan�o de sua gest�o � frente do minist�rio, Braga disse que vai permanecer no cargo enquanto a Presid�ncia da Rep�blica quiser. "N�o compete a mim, tem que perguntar para quem nomeia, que � o presidente da Rep�blica", afirmou.
Braga evitou usar a palavra golpe, mas disse que o processo de impeachment da presidente Dilma � pol�tico e n�o tem base jur�dica. O ministro confirmou que sua mulher, a senadora Sandra Braga (PMDB-AM), votar� contra o impedimento de Dilma.
"A minha hist�ria pol�tica � de coer�ncia e n�o vou rasgar minha hist�ria de vida p�blica", afirmou. Braga frisou que o PMDB n�o fechou quest�o a favor do impeachment. "Houve muita manipula��o de A e B, mas n�o houve fechamento de quest�o. Tem uma indica��o, tem a quest�o do vice-presidente (Michel Temer), mas o PMDB est� admitindo o que sempre foi a hist�ria do partido, que come�ou como uma frente ampla e sempre admitiu, em seu estatuto, a diverg�ncia. Sempre foi assim."
Medindo as palavras, o ministro disse que "n�o � recomend�vel" afastar a presidente da Rep�blica por raz�es pol�ticas. Na avalia��o dele, o sistema pol�tico do Pa�s est� em xeque. "O rito est� em processo, mas s� a hist�ria poder� julgar as pessoas", afirmou.
Braga disse ainda que, se o Pa�s quiser mudar do regime presidencialista para o parlamentarista, ser� preciso convocar uma assembleia constituinte exclusiva para decidir essa quest�o.
Apesar de garantir que n�o pretende deixar o cargo, o ministro n�o descartou a possibilidade de assumir o governo do Amazonas caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirme a cassa��o de Jos� Melo. Braga ficou em segundo lugar na disputa em 2014 e, nesse cen�rio, poderia se tornar o governador do Estado.
"N�o depende da minha vontade, depende de o TSE manter a decis�o do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e a gente tem que aguardar", afirmou. "N�o posso comentar no campo de hip�teses, mas tudo que sou na minha vida devo ao povo do Amazonas, tudo em fun��o da generosidade do meu povo. Tenho um dever de gratid�o e compromisso com o meu Estado."