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Estado de Minas

Empreiteiro detalha propina de R$ 52 milh�es paga a Cunha em 36 vezes

Deputado recebeu dinheiro de empresas relacionadas �s do Porto Maravilha, no Rio, entre 2011 e 2014


postado em 16/04/2016 06:00 / atualizado em 16/04/2016 07:22

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirma que o assunto é velho e que já se manifestou antes(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Presidente da C�mara, Eduardo Cunha, afirma que o assunto � velho e que j� se manifestou antes (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)
 Planilha que faz parte da dela��o premiada do executivo da Carioca Engenharia Ricardo Pernambuco J�nior, investigado na Opera��o Lava-Jato, detalha propina de R$ 52 milh�es supostamente pagas ao presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A pe�a faz parte do terceiro inqu�rito autorizado contra Cunha pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). No depoimento, Pernambuco J�nior, entregou aos investigadores uma tabela que aponta 22 dep�sitos somando US$ 4.680.297,05 em propinas que teriam sido pagas a Cunha entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. Segundo o empreiteiro, empresas relacionadas �s obras do Porto Maravilha, no Rio, deveriam pagar R$ 52 milh�es ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de �rea Construtiva (Cepacs) ao deputado, em 36 parcelas mensais. A parte que caberia � Carioca era de R$ 13 milh�es.


� Procuradoria, o delator contou que o primeiro pagamento no Israel Discount Bank para Eduardo Cunha ocorreu em 10 de agosto de 2011, no valor de US$ 220.777,00. Pernambuco J�nior relatou que houve uma dificuldade do banco de seu pai para efetuar a transfer�ncia, em raz�o do banco destinat�rio. O maior repasse ocorreu em 26 de agosto de 2013 no valor de US$ 391 mil depositados em conta do peemedebista no banco su��o Julius Baer.

A suspeita da PGR � de que o parlamentar tenha solicitado e recebido propina do cons�rcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha. “Em nenhum momento Eduardo Cunha disse que as contas eram de titularidade dele, mas (o depoente) tem certeza de que todas essas contas foram indicadas pelo deputado”, afirmou o empres�rio.

Em 14 p�ginas, Pernambuco J�nior narra com detalhes encontro com o presidente da C�mara para combinar como seriam feitos os pagamentos no exterior. O empres�rio descreveu uma reuni�o no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio, que, segundo ele, teria ocorrido entre junho e julho de 2011, �poca da aquisi��o das Cepacs pelo Fundo de Investimento do FGTS.

“O depoente n�o estava presente, mas seu pai (Ricardo Pernambuco) e um executivo da Carioca, de nome Marcelo Macedo, estiveram presentes a essa reuni�o; que, ap�s essa reuni�o, o depoente foi chamado pelo seu pai; que seu pai lhe comunicou que L�o Pinheiro, da OAS, e Benedicto J�nior, da Odebrecht, na reuni�o do Hotel Sofitel, comunicaram que havia uma solicita��o e um ‘compromisso’ com o deputado Eduardo Cunha, em raz�o da aquisi��o, pela FI-FGTS, da totalidade das Cepac”, declarou. O empreiteiro afirmou ainda que seu pai informou que cada uma das empresas “assumiria” a sua parte diretamente com Eduardo Cunha. O presidente da C�mara disse ontem que n�o vai se manifestar sobre o caso, que o assunto relativo � empresa Carioca � velho e que j� se manifestou anteriormente.

 


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