O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva voltou a criticar o vice-presidente Michel Temer em encontro com a milit�ncia de movimentos sociais neste s�bado. Lula relembrou o per�odo de 21 anos em que a pol�tica brasileira foi comandada pelo regime militar, ressaltando que n�o “haver� golpe” e desafiando Temer para disputa eleitoral pela presid�ncia da Rep�blica nas elei��es de 2018.
“Se o Temer quer ser candidato, n�o tente atrav�s do golpe. Espere chegar 2018. O PMDB � um partido grande. Ele se candidata e vamos para as urnas. Vamos convencer o povo quem � que pode ser melhor”, disse Lula, que defendeu a presidente Dilma Rousseff. “Por que tentar encurtar o mandato da Dilma se ela n�o cometeu nenhum crime de responsabilidade?”, sustentou.
Segundo Lula, a elite brasileira n�o gosta muito de democracia, porque � s� as classes mais baixas conquistarem algumas coisas que a elite se incomoda. Ele lembrou os exemplos de Get�lio Vargas e Jo�o Goulart, que sofreram grandes press�es das elites. Disse, ainda, que o PT nunca pregou o �dio e a disc�rdia e sabe conviver com diverg�ncia de opini�es, mas respeitando as regras democr�ticas. J� a oposi��o, segundo ele, tem um conceito de democracia diferente. "A democracia deles n�o respeita o direito a diferen�as. E n�o adianta carregar bandeiras verdes e amarelas para dizer que s�o mais brasileiros que a gente", afirmou. "N�s somos trabalhadores. Baderneiro � quem quer derrubar a Dilma com um golpe no Congresso Nacional".
O ex-presidente afirmou que deve continuar negociando com governadores e deputados hoje para conseguir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. "Conquistar votos � uma guerra, parece a Bolsa de Valores, sobe e desce toda hora, ent�o temos que ficar negociando o tempo todo. Hoje, eu ainda vou conversar com tr�s governadores", comentou.
Segundo Lula, a luta � pela democracia e o respeito � Constitui��o, por isso � importante conversar com os deputados para convenc�-los a barrar o impeachment. "N�s n�o vamos sair do Brasil, n�o vamos nos exilar, vamos lutar pela democracia", garantiu. Ele lembrou que neste domingo, durante a vota��o do impeachment na C�mara, pode ter gente que queira "provocar, causar tumultos", mas os apoiadores do governo n�o podem aceitar provoca��es.(Com ag�ncia Estado)