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Estado de Minas

Cardozo diz que Dilma n�o vai renunciar


postado em 18/04/2016 02:07

Escalado para ser o porta-voz do governo ap�s a aprova��o do impeachment pela C�mara, o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, afirmou, j� na madrugada desta segunda-feira, 18, que a presidente Dilma Rousseff n�o ir� renunciar ao cargo e que o governo vai continuar lutando para derrotar o processo no Senado.

"A decis�o n�o abater� a presidente. Ela vai continuar lutando. Se algu�m imagina que ela se curvar� com o resultado de hoje (ontem), se engana. Ela n�o se acovardou", afirmou.

Cardozo disse ainda que Dilma vai fazer um pronunciamento nesta segunda-feira e que, apesar do resultado negativo, a presidente estava "serena", pois � uma mulher "muito forte", "que sabe lutar a boa luta".

O advogado-geral da Uni�o repetiu diversas vezes que o impeachment foi um processo pol�tico e que a aprova��o da admissibilidade na C�mara foi recebida pelo governo com "tristeza e indigna��o". Para ele, se o Senado tamb�m optar por afastar a presidente, haver� uma "ruptura com a Constitui��o" e estar� instaurado o "golpe de abril de 2016".

Cardozo tamb�m voltou a afirmar que n�o h� base legal para o afastamento e que o governo deve recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal (STF), "no momento oportuno". Segundo ele, apesar de n�o ser poss�vel discutir o m�rito da quest�o na Corte, o Planalto poder� questionar "a falta de justa causa para o pedido". "Aqueles que acompanharam, sabem que o pedido n�o tem proced�ncia", disse.

Seguindo a linha de Dilma nas �ltimas semanas, Cardozo tamb�m fez duras criticas ao presidente da C�mara (PMDB-RJ), Eduardo Cunha, citando-o nominalmente, e ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), mas sem falar seu nome. Sobre o vice, Cardozo disse que a presidente vai lutar n�o s� pelo seu mandato, mas para "derrotar aqueles que querem construir um governo sem legitimidade, governo que n�o vem das urnas". Para o ministro, "nenhum governo que nasce por ruptura institucional tem legitimidade" e "nenhum governo conseguir� pacificar o Pa�s dentro destas condi��es".

Ao se referir a Cunha, o ministro lembrou que ele "� r�u denunciado pelo Supremo Tribunal Federal", "acusado de graves delitos" e que apressou o impeachment de Dilma por puro "ato de vingan�a". Denunciou ainda que Cunha est� "usando seu poder de presidente da C�mara para n�o ser cassado" e a prova disso � que o seu processo na Casa "se arrasta" e encontra barreiras "intranspon�veis". Ele disse ainda que Dilma � "uma v�tima" hoje de uma "a��o orquestrada" em que Cunha teve "papel preponderante".

Senado

O advogado-geral da Uni�o defendeu ainda que o processo do impeachment vai come�ar a ser julgado, de fato, agora no Senado e disse que o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), n�o deve tomar nenhuma decis�o que descumpra a lei, pois tem demonstrado "isen��o" sobre o assunto.

Cardozo negou que o governo esteja discutindo a possibilidade de convocar elei��es gerais ap�s a aprova��o do impeachment, mas disse que a presidente estava aberta ao di�logo com todos os setores da sociedade que debatam solu��es dentro da legalidade democr�tica.

Questionado se o governo havia perdido a vota��o na C�mara por conta de "trai��es" de deputados, ele disse que sim. "V�rias", afirmou, sem citar nomes. Para ele n�o houve erro do governo ao tra�ar a estrat�gia para barrar o impeachment, porque muitos deputados mudaram de ideia na �ltima hora. Ele afirmou, no entanto, que se o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tivesse conseguido assumir a Casa Civil, poderia ter ajudado mais o governo nessa miss�o.


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