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Estado de Minas

Renan indica que n�o vai segurar tr�mite do impeachment


postado em 18/04/2016 08:07

Bras�lia, 18 - De olho na sobreviv�ncia pol�tica, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), n�o deve segurar a tramita��o do pedido de impeachment na Casa diante da expressiva vota��o contra Dilma Rousseff na C�mara. Aliados de Renan afirmam que, com o ampliado placar desfavor�vel dos deputados � presidente, fica reduzida sua margem de atua��o em favor de um prazo maior para a decis�o do afastamento de Dilma.

Na semana passada, Renan disse a auxiliares e senadores que n�o aceleraria o rito. Sua assessoria j� fez simula��es que indicam que a vota��o sobre o afastamento s� ocorreria em 11 de maio - a defini��o do rito deve ser definida nesta ter�a-feira, 19, em reuni�o de l�deres. Em duas reuni�es, chegou a dizer que n�o "mancharia" sua biografia imprimindo novo rito.

Mas, para aliados, esse prazo de 24 dias pode ser encurtado em pelo menos uma semana para reduzir press�o das ruas e incertezas pol�ticas. Uma pessoa pr�xima avalia que ele n�o cometeria "suic�dio pol�tico" de ficar contra a mar�. A decis�o ter� de ser tomada por maioria simples dos 81 senadores.

Pela �ltima atualiza��o do Placar do Impeachment de O Estado de S. Paulo, j� h� votos suficientes entre senadores para tanto: 44 a favor, 21 contra, 6 n�o quiseram responder e 10 indecisos.

Renan n�o se pronunciou no domingo. Ele passou o fim de semana em Alagoas e chegou a Bras�lia no fim do dia.

Um aliado de Renan que era pr�ximo a Dilma, o l�der do PMDB do Senado, Eun�cio Oliveira (CE), almo�ou no domingo com o vice Michel Temer no Pal�cio do Jaburu e j� trabalha para fazer indica��es para a comiss�o especial do impeachment. Ele cogita indicar a senadora Ana Am�lia (PP-RS) relatora do pedido. Ela j� se manifestou a favor do impedimento.

Apesar do resultado desfavor�vel na C�mara, senadores do PT consideram que ainda podem contar com Renan, desafeto hist�rico de Temer no PMDB, para barrar o afastamento da presidente por 180 dias. Fiam-se nas palavras dele em encontro com a bancada petista e veem em sua atua��o um importante trunfo para Dilma tentar recompor a base no Senado. "Por que o Renan vai tirar a espada da cabe�a do Temer?", questiona um senador do PT.

J� aliados de Temer pressionam para acelerar o processo. Querem defini��o em 15 dias - o afastamento do ent�o presidente Fernando Collor em 1992 ocorreu tr�s dias ap�s a manifesta��o dos deputados. Para o senador Romero Juc� (RR), presidente em exerc�cio do PMDB, Renan est� "sensibilizado" com a gravidade da situa��o. "N�o estou dizendo que o processo ser� r�pido, mas o Renan n�o vai atrapalhar", disse Juc�, lembrando que h� regras regimentais a serem cumpridas.

A pessoas pr�ximas, Renan admite que, mesmo tendo restri��es ao m�rito do pedido de impeachment, n�o vai segurar o processo sozinho. Interlocutores reconhecem ser uma quest�o de tempo o afastamento da presidente pelo plen�rio do Senado e, futuramente, sua condena��o com o voto de pelo menos 54 dos 81 senadores. Essa �ltima decis�o deve ocorrer s� no segundo semestre, possivelmente em outubro.

Em p�blico, o discurso de Renan � de que atuar� como �rbitro do pedido. "Voc� tem de preservar a condi��o (de presidente do Senado) ou parcializa a atua��o e dificulta", disse � reportagem na semana passada. "Tudo o que eu falar ser� interpretado assim: Renan est� querendo consumar o fato, a� voc� perde a isen��o".

Gesto

Interlocutores de Temer j� indicam que, caso o vice assuma a Presid�ncia interinamente, vai procur�-lo em busca de respaldo no Congresso. Renan tende a ter atua��o decisiva: ao mesmo tempo em que se afastou de Dilma com o discurso de que n�o a apoiava pessoalmente, mas sim o Pa�s, o peemedebista se aproximou da c�pula do PSDB. "Ele construiu as bases de aproxima��o com a oposi��o, ativo importante na governabilidade."

Renan tem um trunfo contra Temer. Em dezembro, atuou para o Senado aprovar pedido para que o Tribunal de Contas da Uni�o fa�a auditoria em sete decretos de cr�dito suplementar assinados pelo vice, a mesma fundamenta��o do pedido de impeachment de Dilma. O TCU ainda n�o concluiu a apura��o, mas Renan tem influ�ncia sobre ministros da Corte.

Em liminar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aur�lio Mello determinou ao presidente da C�mara que instalasse comiss�o para analisar o impeachment de Temer. Mesmo com Cunha tendo recorrido da decis�o, uma futura posi��o da Corte de Contas pode jogar press�o sobre o vice.

Uma das grandes preocupa��es de Renan, segundo aliados, � com a Opera��o Lava Jato. Os nove inqu�ritos a que ele responde s�o tidos como seu ponto fraco. O peemedebista tende a compor com Temer tamb�m de olho no seu futuro pol�tico, uma vez que em fevereiro ele deixar� o comando do Senado. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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