As principais centrais sindicais do Pa�s ainda n�o definiram as pr�ximas a��es ap�s a decis�o do Congresso na noite de domingo, 17, mas algumas falam em questionar a legitimidade de um eventual governo Michel Temer. A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) avalia em reuni�es nestas ter�a e quarta, 19 e 20, com outros grupos contr�rios � sa�da da presidente Dilma Rousseff, como a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, medidas para pressionar o Senado a votar contra o impeachment.
Por enquanto, a entidade decidiu realizar um ato no dia 1º de Maio, na Avenida Paulista, com a presen�a de pol�ticos e artistas chamado de Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora.
"A ideia � fazer um grande 1º de Maio para derrubar a ponte e garantir o futuro do Pa�s", disse Adilson Ara�jo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aliada da CUT. Ele faz refer�ncia ao programa "Uma ponte para o futuro", do PMDB do vice-presidente Temer. "Vamos lutar muito para barrar o processo de impeachment", afirmou.
A For�a mant�m a festa do 1º de Maio na Pra�a Campo de Bagatelle, zona Norte de S�o Paulo, no mesmo perfil de anos anteriores. A Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) tamb�m n�o declarou apoio aberto contra ou a favor do afastamento de Dilma. O Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, filiado � CUT, prepara ato para o 1º de Maio no Est�dio Poliesportivo, em S�o Bernardo do Campo (SP), com o tema principal voltado � quest�o do emprego. Na segunda, o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo, ligado � For�a, afirmou que n�o aceitar� qualquer mudan�a na CLT.
Greve
J� os petroleiros estudam entrar em greve geral em rea��o � vit�ria do impeachment no Congresso. Lideran�as da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP) devem definir hoje um cronograma de mobiliza��es. "Com certeza teremos grande ades�o. Nas �reas operacionais, o tema da privatiza��o da empresa re�ne toda a categoria contra um governo sem legitimidade", afirmou Deyvid Bacelar, diretor da FUP. "Se querem ver o que podemos fazer, n�o v�o conseguir governar", refor�ou.
Representante da Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Log�stica, Jo�o Paulo Estausia disse que, numa eventual confirma��o no Senado do afastamento de Dilma, o movimento sindical n�o reconhecer� um governo Temer. "Ele n�o tem legitimidade para assumir. Se isso ocorrer, vamos desestabilizar o novo governo", afirmou.