Bras�lia, 19 - O ministro da Justi�a, Eug�nio Arag�o, afirmou nesta ter�a-feira, 19, que a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara dos Deputados foi "um golpe ign�bil, a base de trai��es e dentro de um clima de �dio pol�tico". "Foi um retrocesso ao conv�vio democr�tico e ao di�logo, uma viol�ncia e uma enorme injusti�a com talvez a �nica que n�o deva nada a ningu�m", disse ele nesta ter�a-feira, 19, durante cerim�nia de celebra��o ao Dia do �ndio, na Funda��o Nacional do �ndio (Funai).
Arag�o destacou que a ordem da pr�pria presidente � avan�ar nas pautas de povos e terras ind�genas, que ter�o "urg�ncia no Minist�rio da Justi�a". Dilma, segundo o ministro, teria "manifestado vontade" de participar, no dia 27, da instala��o do Conselho Nacional de Pol�tica Indigenista, cuja cria��o foi anunciada em dezembro pelo governo federal. "Sinto pesar pela situa��o que vivemos. N�o sabemos, a esta altura, o dia de amanh�, mas n�o precisamos estar dentro do governo para continuar na luta, pois todo ser humano � um ser pol�tico", destacou o ministro, que j� foi procurador-geral da Funai na d�cada de 1990.
Para ele, "s�o tempos complicados que atingiram seu auge no domingo, com o golpe perpetrado contra a presidente". "As causas libert�rias, como as de povos e terras ind�genas, dependem da democracia. A democracia garante a pluralidade e faz com que todos sejamos tratados como iguais perante a lei, formando uma fam�lia pol�tica independentemente de nossas convic��es", disse.
Ele justificou a "brevidade" de seu discurso na cerim�nia em fun��o de "estar sendo chamado pela presidente", sem especificar a pauta do encontro.