A pris�o ocorreu um dia ap�s o pol�tico ser elogiado por Raquel ao proferir seu voto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, na C�mara. No domingo, 17, a deputada elogiou a conduta do marido e disse que "o Brasil tinha jeito" ao votar pelo afastamento da petista.
Nesta ter�a, ela confessou que ficou "atordoada e muito chateada com o que aconteceu". Raquel Muniz disse que precisou de um dia "para tomar ci�ncia do que se passava, respirar fundo e n�o desistir".
"Eu e Ruy sempre soubemos o que poderia acontecer com a gente quando entr�ssemos para a pol�tica, mas jamais que chegaria a esse ponto. No entanto, n�o vamos nos intimidar em busca de um Brasil, de uma Minas e de um Montes Claros cada dia melhor", declarou. "Por isso, reitero cada uma das palavras ditas no dia 17 de abril durante a vota��o para aceitar o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Montes Claros tem um gestor �ntegro, �tico e que preza pela transpar�ncia das suas a��es."
Segundo as investiga��es, o grupo do prefeito teria atuado para inviabilizar os hospitais p�blicos da cidade. Somente em outubro de 2015, segundo a PF, o grupo de Muniz retirou cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais p�blicos municipais.
Em contrapartida, o hospital privado gerido pela fam�lia da deputada que diz querer "melhorar" o Pa�s teria sido beneficiado com os procedimentos. Al�m disso, segundo a PF, desde julho de 2015 at� agora, Ruy Muniz se aproveitou do cargo e utilizou verba p�blica para promover nos principais ve�culos de comunica��o regionais "uma ampla e intensa campanha difamat�ria contra os hospitais p�blico e filantr�pico 'concorrentes', inclusive lan�ando m�o de dados e informa��es falsas", diz a nota da Pol�cia Federal.
Para a deputada, "n�o h� raz�o jur�dica para a pris�o preventiva" do marido, pois n�o h� "risco a ordem p�blica, nem perigo de fuga e nem haver qualquer ind�cio de obstru��o da justi�a".
"H�, sim, raz�es de outras ordens, n�o republicanas, que justificam essa investiga��o. O meu marido, ao contr�rio do que est� sendo amplamente noticiado, n�o teve a pris�o decretada por motivos de corrup��o e quem teve o senso �tico de buscar a verdadeira motiva��o na decis�o judicial pode verificar isto. Todas as provid�ncias jur�dicas cab�veis j� foram tomadas e tenho a plena certeza de que a verdade prevalecer�", afirmou.