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Estado de Minas

Dilma vai aos EUA e Temer usa jornais estrangeiros para negar "golpe"


postado em 21/04/2016 18:07

S�o Paulo, 21 - Os jornais estrangeiros se tornaram o novo palco do embate entre a presidente, Dilma Rousseff (PT), e o vice, Michel Temer (PMDB). Poucos dias ap�s a petista denunciar o "golpe de Estado em curso" no Brasil a estrangeiros, o peemedebista usou entrevistas a ve�culos internacionais, como o Wall Street Journal e o Financial Times, para defender a constitucionalidade do processo de impeachment. O pano de fundo � a viagem de Dilma aos Estados Unidos, onde deve refor�ar o argumento de que a democracia nacional est� em perigo em discurso nas Na��es Unidas. Enquanto isso, o j� presidente interino se defende das acusa��es enquanto articula uma poss�vel equipe ministerial.

"N�o h� golpe, de maneira alguma, ocorrendo aqui no Brasil", afirmou Temer, em entrevista publicada pelo Financial Times (FT). "V�rios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) disseram que o poss�vel impeachment da presidente da Rep�blica n�o representaria um golpe. � um processo constitucional", acrescentou. Para o Wall Street Journal, o peemedebista ressaltou ainda que "cada etapa do impeachment est� em conformidade com a Constitui��o", disse. "Como isso seria um golpe?", questionou.

De acordo com o peemedebista, Dilma deveria se defender no Senado, em vez de criar problemas para o Brasil ao fazer falsas declara��es fora do Pa�s. Temer disse ao FT que n�o est� participando do processo de impeachment e que tem defendido, nos �ltimos meses, uma unidade nacional para "tirar o Pa�s da crise". "N�o estou fazendo nenhum esfor�o, nenhuma a��o, mas estou ofendido pelas palavras dela", disse � publica��o.

Nesta quinta-feira, 21, Temer assumiu interinamente a Presid�ncia da Rep�blica com o embarque de Dilma para os Estados Unidos, onde vai assinar o Acordo de Paris sobre o clima, na sede da ONU. Al�m de "denunciar o golpe em curso" na ONU, Diulma deve conceder pelo menos duas entrevistas � m�dia estrangeira em Nova York.

A petista aproveitou entrevista a jornalistas estrangeiros, no come�o da semana, para criticar o processo de impeachment contra ela, cuja admissibilidade foi aprovada na C�mara no dia 17 e agora tramita no Senado. "Estou sendo v�tima de um processo baseado em uma flagrante injusti�a e fraude jur�dica e pol�tica e, ao mesmo tempo, de um golpe. O Brasil tem um veio golpista adormecido", afirmou. Sem mencionar diretamente Temer e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma afirmou que existem "dois chefes do golpe que agem em conjunto e de forma premeditada".

O processo de impeachment de Dilma tem ganhado espa�o nas publica��es internacionais, seja em editoriais ou reportagens. Nesta quinta-feira, a capa da nova edi��o da revista The Economist voltou a estampar a imagem do Cristo Redentor. Depois de simbolizar a decolagem e, mais recentemente, a derrocada do Brasil, a est�tua agora aparece pedindo socorro. Em editorial, a revista diz que a presidente Dilma Rousseff tem responsabilidade sobre o fracasso econ�mico, mas que os que trabalham para tir�-la do cargo "s�o, em muitos aspectos, piores" e cita Eduardo Cunha como exemplo. "No curto prazo, o impeachment n�o vai resolver isso". Por isso, a revista defende novas elei��es gerais.

Depois da ofensiva do PT para classificar o processo como golpe, Temer se reuniu com a c�pula do PMDB em S�o Paulo. Na quarta-feira, 20, o agora presidente exerc�cio se encontrou com o ex-ministros Moreira Franco, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e Eliseu Padilha (PMDB-RS), al�m do senador Romero Juc� (PMDB-RR) e o economista Delfim Netto.

Temer confirmou j� estar em conversas com pessoas que podem vir a participar do governo no caso da confirma��o do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ao Wall Street Journal, ele declarou que tem nomes "na cabe�a", mas que os revelaria apenas no momento adequado.

O advogado Jos� Yunes, conselheiro e amigo do peemedebista h� mais 40 anos, contou nesta quarta que ser� assessor especial da Presid�ncia caso o processo de impeachment passe pelo Senado e o vice presidente assuma o mandato. Yunes tamb�m esteve com Temer na quarta-feira.


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