Foz do Igua�u, 24 - O senador Jos� Serra (PSDB-SP) usou na noite deste s�bado (23) o seu perfil no Facebook para afirmar que seu partido deve aderir oficialmente ao prov�vel governo do vice-presidente Michel Temer (PMDB), ao contr�rio do que v�m afirmando diversos outros l�deres da sigla. Segundo Serra, �seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois, por questi�nculas e c�lculos mesquinhos, lavar as m�os e fugir a suas responsabilidades com o Pa�s.�
A disputa dentro do principal partido de oposi��o � gest�o de Dilma Rousseff (PT) sobre a ades�o ou n�o ao novo governo, caso a abertura do impeachment da presidente seja aprovada no Senado, est� dividindo as lideran�as tucanas - ao menos em suas declara��es p�blicas. Enquanto nos �ltimos dias nomes ligados ao presidente nacional da sigla, senador A�cio Neves (MG), e ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) defenderam por ora maior dist�ncia de Temer, neste s�bado foi a vez de Serra defender a participa��o.
�Eu concordo com o senador Aloysio Nunes Ferreira: se o futuro presidente Michel Temer aceitar os pontos program�ticos do PSDB, o partido deve apoiar o governo. E se apoiar o governo e for convidado, deve participar do governo�, escreveu o ex-governador paulista em seu perfil na rede social.
Ele se referia a uma declara��o feita horas antes por Nunes, seu aliado e senador por S�o Paulo, que postou um v�deo tamb�m no Facebook em que praticamente d� como certa a participa��o do partido na gest�o de Temer. De acordo com Nunes, o PSDB �n�o vai faltar com a sua responsabilidade�, j� que participou ativamente do processo de impeachment. �Agora, cumprida essa etapa, cabe a n�s ajudarmos o novo governo com todas as for�as, para que o governo (...) de Michel Temer possa ter condi��es de enfrentar a crise�, disse.
Disputa
- O discurso da dupla paulista marca posi��o contr�ria �s lideran�as tucanas que se op�em a uma concilia��o imediata com Temer. Conforme revelou na sexta-feira o Estado, h� at� uma ala no PSDB que defende a ideia de que membros do partido se licenciem e n�o disputem a Presid�ncia em 2018 caso decidam assumir cargos no governo do atual vice.
Os tucanos e l�deres de oposi��o reunidos no F�rum Empresarial, em Foz do Igua�u, preferiram n�o polemizar com Serra. A avalia��o da c�pula do PSDB, por�m, � que existe hoje uma ampla maioria formada em defesa da tese de que o partido n�o deve participar de forma org�nica, ou seja, ocupando cargos, em eventual governo Temer.
Segundo dirigentes ouvidos pela reportagem, a defesa do embarque na administra��o peemedebista se restringe apenas a aliados de Serra - que, por sua vez, � apontado como o tucano mais cotado para assumir um minist�rio importante por causa da sua boa interlocu��o com Temer. Uma reuni�o da Executiva do PSDB para decidir a posi��o definitiva do partido sobre o assunto est� marcada para o dia 3 de maio. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.