
A sess�o do Conselho de �tica da C�mara dos Deputados, que ouve nesta ter�a-feira o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, n�o poder� ser filmada ou ter imagens registradas. A decis�o foi informada pelo deputado Jos� Carlos Ara�jo (PR-BA), que preside o colegiado. Segundo ele, essa exig�ncia foi feita pela defesa do lobista. "Aceitamos que n�o fossem usadas imagens televisas e fotogr�ficas, porque � um depoimento importante", disse Ara�jo. Ele pediu inclusive que os deputados que n�o usem seus celulares para fazer imagens. "Ou n�s aceit�vemos essa condi��o, ou n�o teria oitiva", esclareceu.
Com a decis�o, nem mesmo a TV C�mara, que normalmente faz as transmiss�es das reuni�es no plen�rio e nas comiss�es poder� captar as imagens.
Alguns deputados ficaram preocupados porque Baiano se atrasou e at� minutos antes do in�cio da sess�o - que come�ou atrasada - ele n�o havia aparecido. Segundo a c�pula do colegiado, desde ontem, quando a C�mara autorizou a compra de passagens a�reas para Baiano e seu advogado, o lobista n�o havia confirmado vinda a Bras�lia.
Em dela��o premiada, Baiano citou o presidente da C�mara, Eduardo Cunha, e afirmou que entregou dinheiro de propina em seu escrit�rio no Rio de Janeiro. O presidente nega as acusa��es.
A defesa de Cunha alega, ainda, que as acusa��es de Baiano n�o tem a ver com o processo no Conselho de �tica. Na semana passada, o vice-presidente Waldir Maranh�o (PP-MA) determinou que o foco da apura��o no colegiado fique somente sobre a suspeita de que Cunha teria contas banc�rias secretas no exterior e de que teria mentido sobre a exist�ncia delas em depoimento � CPI da Petrobras. Nesse sentido, o presidente da C�mara n�o poderia ser investigado sobre as acusa��es de Baiano.
Eduardo Cunha alega que n�o mentiu � CPI porque n�o se tratava de uma conta no exterior e sim de um truste, do qual ele � usufrutu�rio. Ele argumenta que, pela legisla��o � �poca, n�o precisaria declarar � Receita Federal.
Durante a sess�o, Jos� Carlos Ara�jo reclamou que os documentos solicitados pelo relator Marcos Rog�rio (DEM-RO) est�o ficando represados na Secretaria Geral da Mesa. Segundo o presidente do conselho, os documentos encaminhados ao colegiado s�o encaminhados � Secretaria para simples numera��o e est�o demorando para serem devolvidos. "� mais uma inger�ncia da Mesa Diretora", acusou.
Com ag�ncias