Grampos da Alba Branca indicam que Padula era chamado de "nosso homem" por um operador da organiza��o que fraudava licita��es da merenda - Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", ex-chefe da Casa Civil de Alckmin.
O decreto de nomea��o de Padula para o Arquivo P�blico, em comiss�o, foi publicado no Di�rio Oficial edi��o de quinta-feira, 21. Ele assume a vaga deixada por Izaias Jos� de Santana.
O Arquivo � respons�vel pela formula��o de pol�ticas p�blicas de gest�o documental para o Governo do Estado e possui um rico acervo formado por quase 35 mil metros quadrados lineares de documenta��o sobre a hist�ria de S�o Paulo e mais de 400 mil imagens digitalizadas.
Quadro do PSDB, Fernando Padula � alvo da Alba Branca, investiga��o sobre organiza��o que se infiltrou em pelo menos 22 prefeituras paulistas para fraudar licita��es da merenda escolar. O grupo tamb�m mirava em contratos da Secretaria da Educa��o de Alckmin.
Em fevereiro, acolhendo pedido da Procuradoria-Geral de Justi�a, o desembargador S�rgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, determinou a quebra do sigilo banc�rio e fiscal de Padula.
Tamb�m foram alcan�ados pela medida o deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, e um outro ex-assessor de Alckmin - Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", que foi chefe de gabinete da Casa Civil na gest�o Edson Aparecido e � quadro efetivo da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
A quebra do sigilo � extensiva ainda a um assessor e dois ex-assessores de Capez, apontados na investiga��o: Luiz Carlos Gutierrez, o Lic�, Jeter Rodrigues Pereira e Jos� Merivaldo dos Santos, o "Meriva". A Justi�a autorizou inclusive acesso aos computadores utilizados pelos aliados do presidente da Assembleia.
Ao todo, o desembargador decretou o afastamento do sigilo de 12 investigados, inclusive da Cooperativa Coaf - apontada como carro chefe das fraudes -, de seus ex-diretores e de outras empresas.
A decis�o foi tomada pelo desembargador S�rgio Rui, relator da Alba Branca no TJ, Corte que det�m compet�ncia para investigar parlamentares estaduais.
Grampos da Alba Branca pegaram "Moita", tamb�m ligado ao PSDB, operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Pal�cio dos Bandeirantes, sede do Executivo estadual.
Uma escuta flagrou "Moita" aconselhando o lobista da organiza��o Marcel J�lio a pedir reequil�brio financeiro de um contrato com a Educa��o estadual. Ele teria sido orientado pelo ent�o chefe de gabinete da Pasta, Fernando Padula. Em liga��o grampeada, "Moita" fala do "nosso homem", segundo os investigadores refer�ncia a Padula.
O presidente da Assembleia Legislativa Fernando Capez nega categoricamente envolvimento com a organiza��o desmontada pela Alba Branca. Indignado, ele afirma que nunca recebeu propinas da m�fia da merenda.
O ex-chefe de gabinete da Educa��o Fernando Padula tamb�m j� negou ter agido no interesse da organiza��o. No in�cio da Opera��o Alba Branca, quando seu nome foi citado, Padula disse que � "um objeto em extin��o" - referindo-se � sua honestidade.
Com a palavra, o governo do Estado de S�o Paulo
"Fernando Padula Novaes � funcion�rio de carreira do Estado, com 17 anos de servi�os prestados � administra��o p�blica. A Corregedoria Geral da Administra��o concluiu a primeira etapa da apura��o de envolvimento de servidores e n�o foram comprovados os fatos atribu�dos a Padula e constantes das den�ncias."