
O governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), reafirmou ser pessoalmente contra ao PSDB indicar nomes para compor o minist�rio de Michel Temer (PMDB), caso o vice-presidente assuma o governo com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo Senado. "Sou contra e j� externei isso", disse Alckmin durante visita � Agrishow, em Ribeir�o Preto (SP). A posi��o de Alckmin diverge da adotada pelos senadores paulistas do PSDB, Aloysio Nunes e Jos� Serra, que defenderam abertamente que os tucanos indiquem nomes para um eventual governo Temer.
O governador, que est� entre os pr�-candidatos do PSDB a presidente em 2018, considerou uma "quest�o menor" indicar quadros pol�ticos para Temer, e disse que cabe ao partido discuti-la. No entanto, avaliou n�o ser necess�ria uma consulta ampla aos tucanos para tirar uma posi��o sobre o assunto. Para ele, bastam conversas.
"Defendo que n�s temos, completando o processo de afastamento no Senado e assumindo o vice-presidente, a responsabilidade de ajudar. � preciso reformas macro, recuperar economia, emprego, confian�a; � nosso dever apoiar e n�o precisamos nem ter Pasta nem cargo para fazer isso", afirmou o governador. "Essa n�o � quest�o program�tica, � uma unanimidade de que todos devemos ajudar, pois precisa ter base parlamentar. Se vai participar com quadros no minist�rio, ou n�o, � quest�o menor e cabe ao partido discuti-la."
D�vidas
Ainda na Agrishow, o governador afirmou estar "confiante" e "otimista" de que o Supremo Tribunal Federal (STF) manter�, no julgamento de quarta-feira, 27, a corre��o de d�vidas de Estados por juros simples e n�o por juros compostos, como o governo federal demanda. "N�o se est� discutindo o contrato, que � com juros compostos e n�o h� qualquer mudan�a. O que est� se discutindo � o res�duo (do contrato) e o projeto de lei do Executivo aprovado pelo Congresso diz claramente que o objetivo � reduzir esse res�duo. Mas quando se aplica a f�rmula (por juros compostos) ele aumenta", disse. "Governadores j� conseguiram as liminares e estamos confiantes e otimistas".
O governador afirmou ainda que o ex-governador M�rio Covas renegociou, em 1997, R$ 46,5 bilh�es em d�vidas de S�o Paulo, pagou R$ 130 bilh�es e o Estado ainda deve R$ 222 bilh�es. "O Brasil n�o pode conviver com essa doen�a do maior juro do mundo, porque desestimula a atividade produtiva. N�o tem justificativa, pois n�o se est� discutindo o contrato e n�o se pode contrariar a lei", disse.