A presidente Dilma Rousseff afirmou em entrevista � rede CNN que tem "uma resist�ncia imensa" para lutar por suas convic��es. No programa de Christiane Amanpour, Dilma voltou a se defender do processo de impeachment e reiterou que n�o h� qualquer acusa��o contra ela. Sobre a possibilidade de afastamento que o Senado deve votar em breve, a presidente disse: "Se acontecer, eu vou ficar muito triste. Eu gostaria muito de participar do processo dos Jogos Ol�mpicos, porque eu ajudei a construir o esfor�o desde o primeiro dia".
"Eu lutarei para sobreviver ao impeachment, n�o s� pelo meu mandato, mas pelo fato de que estou defendendo o princ�pio democr�tico que rege a vida pol�tica brasileira", declarou Dilma. A presidente explicou � apresentadora que acredita estar sendo tratada injustamente e que est� sendo v�tima de um golpe. "N�o h� base legal."
Ao ser questionada sobre as chamadas "pedaladas fiscais", Dilma afirmou que nunca antes no Brasil um governo cortou tantos gastos quanto o dela em 2015 e que as pr�ticas atuais foram adotadas em outras administra��es. "Estou sendo acusada por quest�o de contabilidade", disse.
Segundo a presidente, a crise econ�mica vivida pelo Pa�s n�o foi gerada em seu governo. "A crise come�ou em 2008 e atingiu pa�ses emergentes bastante fortemente em 2014", afirmou, mencionando tamb�m a quest�o da queda nos pre�os das commodities.
A apresentadora perguntou sobre os casos de corrup��o no Brasil, como o que envolve a Petrobras, e Dilma respondeu que seu governo colocou em funcionamento um grande aparato para combater o crime. "Temos institui��es fortes e legisla��o para combater a corrup��o."
Dilma tamb�m foi questionada sobre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que foi nomeado por ela para assumir um minist�rio. "Lula � certamente um melhor pol�tico do que eu", afirmou. "Trazer Lula seria positivo, porque ele � muito forte. Seria uma grande ajuda ter Lula. Por que eles n�o permitiram que ele tomasse posse? Porque eles sabem da for�a dele", acrescentou.
Dilma defendeu ainda que o Brasil precisa de reforma pol�tica, n�o apenas econ�mica. "Apoio qualquer mudan�a no Brasil desde que ela seja baseada no voto direto e livre das pessoas."