(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Jo�o Santana era 'conselheiro' e dava 'sustenta��o' para c�pula do PT, diz MPF


postado em 29/04/2016 10:31 / atualizado em 29/04/2016 10:47

João Santana(foto: Wilson Pedrosa/estadão Conteúdo)
Jo�o Santana (foto: Wilson Pedrosa/estad�o Conte�do)

S�o Paulo - O Minist�rio P�blico Federal classificou o marqueteiro Jo�o Santana e sua mulher, M�nica Moura, como pe�as de sustenta��o e conselheiros da alta c�pula do PT durante as campanhas eleitorais e fora delas. Os dois foram denunciados formalmente na quarta-feira, 28, junto com o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht e executivos do grupo, al�m do operador de propinas Zwi Skornicki, que atuava em nome do estaleiro holand�s Keppel Fels.

"A partir do estreito contato mantido com as principais lideran�as do Partido dos Trabalhadores, M�nica Moura e Jo�o Santana passaram a exercer o papel de verdadeiros conselheiros da alta c�pula da agremia��o", informa den�ncia criminal entregue nesta quarta-feira � Justi�a Federal.

Santana e a mulher est�o presos desde 23 de mar�o, em Curitiba, quando foi deflagrada a Opera��o Acaraj�. "Mesmo fora do per�odo de campanha eleitoral, Jo�o Santana auxiliava a alta c�pula do Partido dos Trabalhadores na forma��o da plataforma pol�tica a ser seguida."

Segundo a acusa��o da for�a-tarefa da Lava Jato, a atua��o do marqueteiro "englobava tanto o direcionamento da linha publicit�ria do Partido e de alguns candidatos quanto a intermedia��o de contatos com as grandes lideran�as do Partido, como, por exemplo, Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff".

A Lava Jato diz que o casal de marqueteiros passou a "desempenhar papel fundamental, desde 2002 at� 2015" no contexto de manuten��o do PT no poder.

A acusa��o listou ainda alguns e-mails trocados por Santana que "comprovariam" a atua��o do marqueteiro "como verdadeiro conselheiro da pol�tica desenvolvida pelos membros do Partido dos Trabalhadores".

As duas den�ncias apresentadas contra Santana partem da descoberta da Procuradoria do recebimento de US$ 7,5 milh�es, entre 2012 e 2015, pelo casal em conta secreta mantida na Su��a. Parte vinda da Odebrecht e parte do operador de propinas da Keppel Fels.

"Ao mesmo tempo em que tinham pleno conhecimento do esquema de corrup��o implementado na Petrobras e que eram beneficiados economicamente por recursos provenientes dos il�citos cometidos em desfavor da estatal, M�nica Moura e Jo�o Santana, fazendo uso de seus conhecimentos no �mbito publicit�rio, trabalhavam estrategicamente a imagem e a atua��o da agremia��o partid�ria, agindo como verdadeiros conselheiros do Partido dos Trabalhadores, tanto para que se mantivesse a alta proje��o nacional do partido quanto para que as gest�es de seus membros eleitos fossem exercidas de forma midiaticamente conveniente ao Partido dos Trabalhadores."

Classificados como "verdadeiros pontos de sustenta��o" do PT e benefici�rios da propina destinada ao partido, Santana e M�nica devem ir para o banco dos r�us, assim que o juiz federal S�rgio Moro analisar a den�ncia. "A partir do esquema de corrup��o implementado pelo Partido dos Trabalhadores e do trabalho de marketing exercido por Jo�o Santana e M�nica Moura em favor do partido (tanto no per�odo eleitoral quanto fora dele), os dois grupos lucravam ilicitamente, j� que a manuten��o do Partido dos Trabalhadores no poder permitia que os valores esp�rios auferidos com a corrup��o continuassem a abastecer os cofres da agremia��o partid�ria e dos publicit�rios."

Os procuradores listaram na den�ncia as principais campanhas realizadas pelo PT entre os anos de 2002 e 2014, o que teria aproximado o casal da alta c�pula do partido. Entre elas a de Delc�dio Amaral (2002), Lula (2006); Marta Suplicy (2008), Gleisi Hoffmann (2008), Fernando Haddad (2012) e da presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014).

Defesas

Procurados via assessoria de imprensa, "os advogados de defesa do Jo�o Santana e M�nica Moura informam que n�o far�o nenhum coment�rio sobre as novas den�ncias formuladas pelo Minist�rio P�blico Federal".

Procurada, a Odebrecht informou por meio de sua assessoria de imprensa que "a empresa n�o se manifestar� sobre o tema".

O PT n�o vai comentar o caso. Em outra ocasi�o, o partido informou que todas as doa��es e valores recebidos s�o legais e est�o declarados.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)