Valdemar Costa Neto n�o se op�e a participa��o de PR em governo Temer

Bras�lia, 29 - Principal l�der do PR atualmente, o ex-deputado Valdemar Costa Neto j� afirmou a aliados que n�o vai se opor � participa��o da legenda em um eventual governo Michel Temer. A sinaliza��o do ex-parlamentar, que atualmente cumpre pris�o domiciliar por condena��o no mensal�o do PT, � apontada como principal senha para possibilitar o apoio un�nime da legenda a um futuro governo do peemedebista.

At� a vota��o do impeachment na C�mara, Valdemar defendeu a perman�ncia do PR na base aliada da presidente Dilma Rousseff. Segundo aliados, ele argumentava que a sigla devia gratid�o por todo o espa�o que teve durante os governos do PT. A defesa feita por Valdemar provocou inclusive rachas no partido, como a sa�da do deputado Maur�cio Quintella (AL) da lideran�a do PR na C�mara, para apoiar o impeachment de Dilma Rousseff.

O deputado Alfredo Nascimento (AM) tamb�m protagonizou outro racha, ao renunciar � presid�ncia do PR segundos antes de anunciar voto pr�-impeachment. A atitude surpreendeu governistas, j� que ele tinha sido ministro dos Transportes no primeiro mandato de Dilma.

Com a certeza cada vez maior do afastamento de Dilma pelo Senado (a vota��o est� prevista para 11 de maio) e com o placar da vota��o do impeachment na C�mara na bancada do PR (26 votos a favor e 14 contra), a situa��o mudou. "Ele (Valdemar) j� falou que n�o vai se opor (a participa��o do PR em um governo Temer) e claro que a opini�o dele tem uma influ�ncia muito grande sobre o resto do partido", diz o deputado Maur�cio Quintella, que diz falar "toda semana" com o comandante do PR.

Sinaliza��es

Sinais dessa mudan�a de postura de Valdemar foram emitidos nesta semana na C�mara dos Deputados. Quintella, que tinha abdicado da lideran�a, foi indicado novamente, dessa vez para ser vice-l�der do partido na Casa.

Outro sinal foi a volta de Nascimento � dire��o do PR. Com a "b�n��o" de Valdemar, ele assumir� a vice-presid�ncia. A presid�ncia foi passada para Ant�nio Carlos Rodrigues, que ainda ocupa o Minist�rio dos Transportes.

"Natural"

Para o l�der do PR na C�mara, deputado Aelton Freitas (MG), essa unidade do partido em torno do apoio a Temer � natural ap�s a maioria da bancada da C�mara votar a favor do impeachment de Dilma no �ltimo dia 17 de abril.

"Esse governo dividiu, metade foi para um lado e metade foi para o outro. Mas a maioria do PR acabou indo para um lado, por isso, � natural que o partido v� participar (de um eventual governo Temer)", afirma Freitas.

O l�der diz que o partido n�o condena os parlamentares que, como ele, votaram contra o impeachment. De acordo com o parlamentar, os votos favor�veis a Dilma foram uma "posi��o de gratid�o" do PR. "Sempre fomos bem contemplados nos governos do PT", afirma.

At� ent�o governista, Aelton j� fala abertamente que o PR tenta manter os Transportes em um eventual governo Temer. Segundo ele, os principais nomes que partido deve indicar s�o os de Quintella e de Ant�nio Carlos Rodrigues.

"Se (Gilberto) Kassab se mantiver na Cidades, vamos defender a manuten��o de Ant�nio Carlos. Em n�o sendo, temos os nomes de Maur�cio Quintella e dos ex-deputados federais Bernardo Santana (MG) e Luciano Castro (PR)", disse.

Pris�o

Mesmo cumprindo pris�o domiciliar e n�o sendo o presidente do PR, Valdemar � que comanda o partido. Por conta da pena, o ex-deputado evita declara��es p�blicas sobre assuntos ligados � pol�tica.