
A presidente Dilma Rousseff anunciou neste domingo (1º), em ato promovido pela Central �nica dos Trabalhadores (CUT), o reajuste de 9% para os benefici�rios do Programa Bolsa Fam�lia - o aumento entrar� em vigor ainda em 2016. Dilma Rousseff anunciou tamb�m corre��o de 5% da tabela do Imposto de Renda para o pr�ximo ano; a contrata��o de, no m�nimo, 25 mil moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida e a extens�o da licen�a-paternidade de cinco para 20 dias aos funcion�rios p�blicos federais.
“Quero lembrar que essa proposta [de reajuste do programa Bolsa Fam�lia] n�o nasceu hoje. Elas estavam previstas quando enviamos o Or�amento em agosto de 2015 para o Congresso. Essa proposta foi aprovada pelo Congresso. Diante do quadro atual, tomamos medidas que garantam a receita para este ano e viabilizar tudo isso sem comprometer o cen�rio fiscal”, disse a presidente Dilma. Segundo a CUT, o ato re�ne mais de 60 entidades que formam as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. As centrais sindicais realizam o ato "em defesa da democracia, contra o golpe e contra a retirada de direitos."
Oposi��o
A oposi��o criticou os reajustes anunciados hoje pela presidente. Aliados do vice-presidente Michel temer alegam que as medidas nada mais s�o do que um ato de vingan�a da presidente, ccriando dificuldades para um eventual governo Temer, caso o Senado vote o pedido de impeachment da presidente.
Conta
A corre��o da tabela precisar� ser aprovada pelo Congresso Nacional at� o fim do ano, o que, na pr�tica, poder� colocar essa despesa na equipe de um eventual governo do vice-presidente Michel Temer, no caso de afastamento da presidente Dilma do cargo. Com o an�ncio, ficar� mais dif�cil para o vice-presidente voltar atr�s de uma medida que tem forte apelo popular, principalmente na classe m�dia. O reajuste do Bolsa-Fam�lia, antecipado pelo Estado de S�o Paulo na edi��o de quinta-feira passada (28) em reportagem sobre pacote de medidas do governo - faz contraponto a decis�o da equipe de aliados de Michel Temer de prometer um reajuste dos benef�cios do programa num eventual governo do vice.
O impacto de R$ 1 bilh�o nas contas j� estava previsto no Or�amento, segundo o Minist�rio da Fazenda. Mas a �rea t�cnica � contr�ria ao reajuste por causa do rombo das contas do governo R$ 142,01 bilh�es em 12 meses, o equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB). A avalia��o � de que � uma sinaliza��o ruim de aumento de gastos justamente num momento em que o governo precisaria mostrar austeridade fiscal para conseguir confian�a na dire��o de uma trajet�ria sustent�vel para a d�vida p�blica. Num recado claro de descontentamento, o secret�rio do Tesouro, Otavio Ladeira, disse que o Tesouro n�o via espa�o fiscal para o reajuste do Bolsa-Fam�lia.