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Estado de Minas

Cunha e Edinho Silva tamb�m podem ser alvos de investiga��o por parte da PGR


postado em 02/05/2016 15:49

S�o Paulo e Bras�lia, 02 - O deputado federal e presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RS), e o ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva (PT-SP), tamb�m devem ser alvos de investiga��o por parte da Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR). O procurador-geral Rodrigo Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos para investigar diversos nomes da pol�tica brasileira, todos eles citados na dela��o do senador Delc�dio Amaral (sem partido-MS). Conforme noticiado mais cedo, tamb�m est�o na lista o senador A�cio Neves (PSDB-MG), o deputado Marco Maia (PT-RS) e o ministro Vital do R�go, do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU).

A medida foi tomada com base na dela��o do senador Delc�dio Amaral, preso em novembro de 2015 por tramar contra a Opera��o Lava Jato. Em fevereiro deste ano, o ex-l�der do governo no Senado fez dela��o premiada e foi solto.

Em sua dela��o, Amaral chamou Cunha de "menino de recados" do banqueiro Andr� Esteves em assuntos de interesse do Banco BTG, "especialmente no que tange a emendas �s Medidas Provis�rias que tramitam no Congresso". Entre as tratativas de Esteves com Eduardo Cunha, noticiadas � �poca, estaria a possibilidade de inclus�o de mecanismos para que bancos falidos utilizassem os Fundos de Compensa��o de Varia��es Salariais (FCVS) para quitar d�vidas com a Uni�o.

J� Edinho Silva foi acusado por Delc�dio Amaral de ter "esquentado" doa��es provenientes da ind�stria farmac�utica com notas frias e orientado o senador a fazer o mesmo para saldar R$ 1 milh�o de d�vida de sua campanha. Na oportunidade, Amaral disse acreditar que "a mesma situa��o ocorreu com outros candidatos que podem ter se utilizado de laborat�rios farmac�uticos para os mesmos fins ilegais similares".

Na dela��o, o senador afirmou ainda que A�cio Neves atuou para maquiar dados do Banco Rural na CPI dos Correios. Presidida por Delc�dio em 2005, a comiss�o investigou o mensal�o, esquema que utilizava as empresas do empres�rio Marcos Val�rio para lavagem de dinheiro. Al�m disso, o delator tamb�m disse ter ouvido que o tucano mant�m conta no para�so fiscal de Liechtenstein.

O delator admitiu ter "segurado a barra" para que n�o viesse � tona a movimenta��o financeira das empresas de Marcos Val�rio no Banco Rural que "atingiriam em cheio" o atual presidente do PSDB e seus aliados. Segundo Delc�dio o tema foi tratado na sede do governo mineiro, por volta de 2005 e 2006, quando A�cio governava o Estado e ainda lhe teria oferecido o avi�o do governo de Minas para ir ao Rio, o que foi aceito pelo senador.

Delc�dio Amaral afirmou, tamb�m em rela��o a A�cio, que "sem d�vida" o presidente nacional do PSDB recebeu propina em um esquema de corrup��o na estatal de energia Furnas que, segundo o delator, era semelhante ao da Petrobras, envolvendo inclusive as mesmas empreiteiras.

O ex-l�der do governo tem experi�ncia no setor el�trico, conhece o ex-diretor de Engenharia de Furnas Dimas Toledo, apontado como o respons�vel pelo esquema de corrup��o, e disse ter ouvido do pr�prio ex-presidente Lula, em uma viagem em 2005, que A�cio o teria procurado pedindo que Toledo continuasse na estatal.

Delc�dio tamb�m ligou o presidente da C�mara a Furnas. O senador disse "Eduardo Cunha tinha comando absoluto da empresa, acredita que ele tenha recebido vantagens il�citas".

"Em rela��o a Furnas, Dilma teve praticamente que fazer uma interven��o na empresa para cessar as pr�ticas il�citas, pois existiam muitas noticias de neg�cios suspeitos e ilegalidade na gest�o da empresa; que, ao que parece, 'a coisa passou da conta'; que atualmente em Furnas praticamente toda a

diretoria � de confian�a de Dilma Rousseff; que a atual diretoria e absolutamente t�cnica e v�rios nem s�o de Furnas; que questionado at� quando durou o esquema de ilegalidades de Furnas, respondeu que at� uns quatro anos atr�s, quando Dilma mudou a Diretoria, ou seja, ate a pen�ltima diretoria; que esta mudan�a na diretoria de Furnas foi o in�cio do enfrentamento de Dilma Rousseff e Eduardo Cunha, pois este ficou contrariado com a retirada de seus aliados de dentro da companhia", afirmou o delator.

Em seu termo de colabora��o n�mero 17, Delc�dio relatou "ilicitudes envolvendo o desfecho da CPMI que apurava os crimes no �mbito da Petrobras", em 2014.

"A CPMI de 2014 obrigava L�o Pinheiro, Julio Camargo e Ricardo Pessoa a jantarem todas as segundas-feiras em Bras�lia. O objetivo desses jantares era evitar que os empres�rios fossem convocados para depor perante a CPMI", afirmou o senador em sua dela��o.

O ex-l�der do governo afirmou que Vital do R�go, ent�o presidente da Comiss�o, e Marco Maia, entre outros, "cobravam 'ped�gios' para n�o convocar e 'evitar' maiores investiga��es contra L�o Pinheiro, Julio Camargo e Ricardo Pessoa".

Defesa A�cio Neves

Em nota, a assessoria do senador A�cio Neves afirmou: "O senador A�cio Neves considera absolutamente natural e necess�rio que as investiga��es sejam feitas, pois elas ir�o demonstrar, como j� ocorreu outras vezes, a corre��o da sua conduta.

Quando uma dela��o � homologada pelo Supremo Tribunal Federal, como ocorreu com a dela��o do senador Delc�dio Amaral, � natural que seja feita a devida investiga��o sobre as declara��es dadas.

Por isso, na �poca, o senador defendeu publicamente que fossem abertas investiga��es sobre as cita��es feitas ao seu nome.

Como o pr�prio senador Delc�dio declarou recentemente, as cita��es que fez ao nome do senador A�cio foram todas por ouvir dizer, n�o existindo nenhuma prova ou ind�cio de qualquer irregularidade que tivesse sido cometida por ele.

Trata-se de temas antigos, que j� foram objetos de investiga��es anteriores, quando foram arquivados, ou de temas que n�o guardam nenhuma rela��o com o senador.

O senador A�cio Neves reitera o seu apoio � opera��o Lava Jato, p�gina decisiva da hist�ria do pa�s, e tem convic��o de que as investiga��es deixar�o clara a falsidade das cita��es feitas".

Defesa Marco Maia

J� o deputado Marco Maia afirmou: "Quanto a iniciativa do Minist�rio P�blica Federal de pedir a abertura de inqu�rito envolvendo minha pessoa gostaria de dizer: Que entendo a posi��o do MP, mas a investiga��o ir� mostrar que sou v�tima de uma mentira deslavada e descabida com o �nico intuito de desgastar a minha imagem e a do Partido dos Trabalhadores, o qual fa�o parte. Refuto com indigna��o as ila��es ditas a luz de acordos de dela��o.

Fui relator de uma CPMI em 2014, onde pedi o indiciamento daqueles que me acusam, o que foi aprovado pela comiss�o. Foram 53 indiciamentos e mais o pedido de investiga��o de 20 empresas ao Cade, pela pr�tica de crime de Cartel.

Como j� havia afirmado anteriormente, n�o recebi nenhuma doa��o para minha campanha eleitoral em 2014 de empresa que estivesse sendo investigada pela CPMI.

Por fim utilizarei de todas as medidas legais para que a verdade seja estabelecida e para que os poss�veis desgastes a minha imagem de parlamentar sejam reparados na sua integralidade".


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