Apontado como futuro ministro do Planejamento de um eventual governo Michel Temer, o senador Romero Juc� (PMDB-RR) criticou nesta segunda-feira as medidas anunciadas no domingo pela presidente Dilma Rousseff. Na avalia��o do parlamentar, o governo da petista tenta desequilibrar as contas p�blicas com as propostas apresentadas.
"O governo perdeu o par�metro de qualquer conta e est� executando despesas numa tentativa de desequil�brio do or�amento p�blico", afirmou Juc� ao chegar para reuni�o na resid�ncia oficial do vice. Al�m dele, participam do encontro outros poss�veis ministeri�veis, como Henrique Meirelles (Fazenda), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), Moreira Franco (Infraestrutura) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
Questionado se encarava as medidas como uma "vingan�a" de Dilma, Juc� desconversou. Afirmou que qualquer eventual a��o de vingan�a n�o seria feita contra pol�ticos, mas teria efeito sobre a vida dos brasileiros. "Qualquer a��o de vingan�a n�o est� sendo feita em cima de pol�ticos. O resultado negativo da economia impacta a vida da sociedade brasileira", declarou o senador.
Juc� disse que a reuni�o desta segunda-feira ser� para avaliar como vai evoluir o quadro econ�mico brasileiro diante das medidas anunciadas por Dilma. Segundo ele, � preciso ver se o aumento de impostos proposto por Dilma ter� efeito pr�tico no aumento da arrecada��o. Ele lembrou que, "�s vezes", acontece o contr�rio: aumento de impostos reduz a arrecada��o.
Imposs�veis
Apontado como futuro ministro-chefe da Casa Civil de Temer, Eliseu Padilha tamb�m criticou as medidas anunciadas por Dilma. Lembrando declara��o do secret�rio do Tesouro Nacional, Ot�vio Ladeira, Padilha afirmou que as propostas s�o "absolutamente imposs�veis" de serem executadas. Segundo ele, a reuni�o tratar� das "primeiras ideias" do grupo econ�mico, que "algu�m vai verbalizar" no futuro.
Na entrevista, Padilha afirmou ainda que Temer j� tem "na cabe�a" o nome predileto para o Minist�rio da Justi�a, mas n�o revelou qual. At� a semana retrasada, a inten��o de Temer era colocar na Pasta o advogado e amigo Ant�nio Carlos Mariz. Ap�s entrevistas em que o advogado criticou a Opera��o Lava Jato, circularam informa��es de que o vice-presidente teria descartado o nome do jurista. No entanto, Temer chegou a divulgar uma nota dizendo que n�o houve convite e portanto seu nome n�o poderia ter sido 'eliminado'.