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Estado de Minas

Para defender Dilma, ex-presidente da OAB compara impeachment com caso Collor


postado em 03/05/2016 15:01 / atualizado em 03/05/2016 15:23

(foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado)
(foto: Marcos Oliveira/ Ag�ncia Senado)

Em sess�o dedicada a ouvir especialistas convidados pela defesa de Dilma Rousseff, o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcello Laven�re, relembrou que esteve no Senado h� 24 anos, ao lado de Barbosa Lima Sobrinho, quando pediu o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Para defender Dilma, ele fez compara��es entre as duas situa��es.

"O pedido de impeachment de Collor n�o foi pr�-agendado, nem urdido irresponsavelmente sem trazer provas. Ele s� ocorreu depois da aprova��o do relat�rio da CPI do PC Farias", alegou.

Laven�re tamb�m criticou a atua��o do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por usar o pedido de impeachment como barganha contra sua pr�pria cassa��o. "Na �poca de Collor, entregue o pedido de impeachment, o ent�o presidente da C�mara, Ibsen Pinheiro, em dois dias, processou a den�ncia. Ibsen n�o fez desvio de poder", argumentou.

Para o ex-presidente da OAB, outra diferen�a fundamental entre os dois casos � a ocorr�ncia de crime. "No caso de Collor, havia crime, e agora, n�o existe isso. N�o h� crime nenhum."

O jurista tamb�m apresentou diferen�as no comportamento da sociedade civil. Segundo ele, n�o havia setores que sa�ram em defesa de Collor, enquanto hoje h� defensores da presidente Dilma que alegam a execu��o de um golpe.

Quanto ao posicionamento da OAB, favor�vel ao impeachment de Dilma, o ex-presidente afirmou que a entidade est� equivocada, como esteve noutras vezes. "OAB e CNBB apoiaram o golpe de 1964 de certa maneira at� ingenuamente. Coincidentemente como agora. L� e c�, a mesm�ssima coisa", argumentou. Mas disse tamb�m que tem certeza que a OAB logo ir� mudar seu posicionamento.

Ainda antes de dar in�cio � defesa da presidente, o jurista afirmou que sabia que sua fala teria "baixo n�vel de permeabilidade" entre os senadores, mas que cabia a ele "semear". De acordo com o Placar do Impeachment, publicado pelo Grupo Estado, 50 dos 81 senadores se declaram abertamente favor�veis ao impeachment. Ao mesmo tempo, Laven�re disse n�o acreditar que os senadores n�o saibam que n�o h� crime cometido por Dilma Rousseff.

Comiss�o

O ex-presidente da OAB foi o �ltimo especialista a falar na sess�o desta ter�a-feira. Al�m dele, os professores Geraldo Luiz Mascarenhas Prado (UFRJ) e Ricardo Lodi Ribeiro (UERJ) tamb�m defenderam a presidente Dilma Rousseff. Agora, os senadores poder�o fazer perguntas e debater com os convidados. Na sess�o de ontem, falaram especialistas convidados pela acusa��o.

Nesta quarta-feira, 4, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresenta e l� seu parecer sobre o processo. Apenas na quinta-feira os senadores dar�o in�cio � discuss�o do relat�rio, quando o advogado-geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, ter� outra oportunidade de defender a presidente.

A vota��o do relat�rio na comiss�o est� agenda para sexta-feira, 6, j� a vota��o em plen�rio, que pode afastar a presidente Dilma por 180 dias, est� prevista para 11 de maio.


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