Bras�lia, 03 - O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Marcello Laven�re afirmou nesta ter�a-feira, 3, que o eventual impedimento da presidente Dilma Rousseff ser� a pena de "morte pol�tica" da petista e do projeto de inclus�o social do governo. Em audi�ncia na Comiss�o Especial do Impeachment do Senado, o jurista insinuou que a eventual troca de governo poder� levar a retrocessos, ap�s um projeto que, pela primeira vez nos 500 anos de hist�ria do Pa�s, se voltou para os mais pobres e atuou para diminuir a desigualdade.
"Aplicada a pena de morte pol�tica � presidenta Dilma, a pena de morte est� aplicada n�o s� a ela, n�o s� a seus correligion�rios, mas estar�amos ou estar�o aplicando a pena de morte aos sonhos de um Pa�s com menos desigualdades, de um Pa�s com menos exclus�o social, de um Pa�s mais interativo, de um Pa�s que n�o � quintal de pot�ncias centrais, de um Pa�s que n�o deve ser reduzido a um mero seguidor e financiador e fornecedor das nossas riquezas a empresas, a pa�ses e a economias estrangeiras", criticou Laven�re.
Para o ex-presidente da OAB, um dos signat�rios do impeachment do ent�o presidente Fernando Collor em 1992, a situa��o de Dilma � comparada a do "enforcamento" de Tiradentes e a dos l�deres nazistas.
"O enforcamento de Tiradentes e o enforcamento dos l�deres nazistas podem aparentemente se apresentar como se fosse a mesma coisa, mas � exatamente a diferen�a radical entre o impeachment de Collor e o de impeachment de Dilma", criticou.
Laven�re usou um quadro do l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), com a suposta eleva��o do atraso das despesas do governo, as chamadas pedaladas fiscais, para dizer que o Executivo tem gastado mais em prol da popula��o.
"Isso aqui que Vossa Excel�ncia apresenta como um grande documento contr�rio ao governo confirma que este governo n�o tem medo de se endividar para fazer o bem do povo, que esse governo n�o se preocupa apenas com o super�vit", afirmou o ex-presidente da OAB, com o documento do senador em punho.
Caiado disse que Laven�re prestou um "grande servi�o" � oposi��o porque confirmou a exist�ncia das opera��es ilegais.