S�o Paulo, 04 - A for�a-tarefa da Lava Jato solicitou � Pol�cia Federal que investigue por mais 60 dias o material apreendido na Xepa, 26� fase da Lava Jato que revelou a exist�ncia de um "setor de propinas" profissionalizado na empreiteira que ia al�m do esquema de corrup��o na Petrobras.
O pedido ocorre menos de uma semana depois de o Minist�rio P�blico Federal apresentar duas novas den�ncias, uma delas contra Marcelo Odebrecht e outros executivos ligados � empreiteira e ao "setor de propinas" e que s�o acusados de pagar "por fora" US$ 6,4 milh�es no exterior e R$ 23,5 milh�es no Brasil ao casal de marqueteiros Jo�o Santana e M�nica Moura. Eles atuaram nas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Lula (2006) e tamb�m foram denunciados. O juiz S�rgio Moro aceitou as den�ncias na �ltima sexta, 29.
Para os investigadores, contudo, os pagamentos a Jo�o Santana e sua mulher representam uma "pequena parcela" dos fatos e pessoas investigadas do "setor de propina" da maior empreiteira do Pa�s e h� ainda um "vasto material" para ser analisado.
"� certo que as investiga��es devem prosseguir, a fim de que o material probat�rio colhido seja devidamente analisado e para que a apura��o dos fatos seja conclu�da", afirmam os procuradores da for�a-tarefa ao informarem o juiz da Lava Jato da necessidade de prorroga��o das investiga��es.
No documento, o MPF explica ainda que as investiga��es sobre o caso ficaram paradas por um m�s com a decis�o de Moro de remeter todos os autos da investiga��o para o STF ap�s a descoberta na resid�ncia de Benedicto Barbosa, ent�o presidente da empreiteira, da superplanilha da Odebrecht com pagamentos a centenas de pol�ticos. Na semana passada, o Supremo determinou a volta de parte dos autos para a primeira inst�ncia. A investiga��o da planilha de pagamentos a pol�ticos est� sob a Procuradoria-Geral da Rep�blica, perante o STF.
"Conforme se observou durante as investiga��es j� empreendidas at� o presente momento, a atividade de pagamento de vantagens indevidas por parte do Setor de Opera��es Estruturadas (nome oficial do 'setor de propinas') operou por longo per�odo de tempo, efetuando o pagamento de vantagens indevidas relacionadas a diversos contratos firmados pelo Grupo Odebrecht", assinalam os procuradores da Rep�blica no Paran�.
Procurada, a Odebrecht afirmou que n�o se manifestar� sobre o tema.
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Lava Jato quer mais 60 dias para investigar 'setor da propina' da Odebrecht
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