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Estado de Minas

Presidente interino da C�mara tem fama de ser pol�tico hesitante

Waldir Maranh�o � afilhado pol�tico da Fam�lia Sarney. Para parlamentares, sua fraqueza pol�tica � vista como um fator para tornar a C�mara ingovern�vel


postado em 06/05/2016 08:43 / atualizado em 06/05/2016 09:07

Deputado Waldir Maranhão (C) saiu do ostracismo ao conceder recursos a favor de Eduardo Cunha na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar(foto: Luiz Macedo/Agência Câmara)
Deputado Waldir Maranh�o (C) saiu do ostracismo ao conceder recursos a favor de Eduardo Cunha na Comiss�o de �tica e Decoro Parlamentar (foto: Luiz Macedo/Ag�ncia C�mara)

Bras�lia - Afilhado pol�tico da fam�lia Sarney, o deputado Waldir Maranh�o (PP-MA) atuou at� o momento � sombra de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Al�ado � vice-presid�ncia da Casa por um acordo com o PP em troca de apoio para eleger Cunha presidente, Maranh�o � visto pelos colegas como um pol�tico hesitante, fraco, sem capacidade de decis�o e que se submete � press�o.

De perfil discreto e avesso a entrevistas, Maranh�o s� saiu do ostracismo ao conceder recursos a favor de Cunha. Suas decis�es tumultuaram o andamento no Conselho de �tica do processo por quebra de decoro parlamentar contra o peemedebista. Com sua caneta, Maranh�o destituiu o relator do caso, depois exigiu que o parecer pr�vio fosse votado mais uma vez para que os aliados de Cunha pudessem pedir vista. Recentemente, restringiu o escopo da investiga��o. A �nica vez que Maranh�o n�o seguiu o aliado foi na vota��o do impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando fez um discurso refor�ando sua fidelidade a Cunha, mas votou contra o afastamento. O voto em apoio ao governo petista se deve ao fato de atualmente Maranh�o ser pr�ximo do governador de seu Estado, Fl�vio Dino (PCdoB), e de ter esperan�a de disputar uma vaga no Senado.

O deputado come�ou sua carreira pol�tica sob as b�n��os da fam�lia Sarney. Em uma gest�o criticada, foi reitor da Universidade Estadual do Maranh�o e, mais tarde, secret�rio de Ci�ncia e Tecnologia no governo Roseana Sarney (PMDB), de 2009 a 2010.

A ascens�o de Maranh�o n�o agrada a boa parte da Casa. Parlamentares dizem que sua fraqueza pol�tica tornar� a C�mara ingovern�vel. "Ele ser� um Severino 2", prev� um l�der partid�rio, comparando Maranh�o ao ex-presidente da C�mara Severino Cavalcanti (PP-PE). Acusado em 2005 de cobrar propinas de empres�rios que administravam restaurantes na Casa, Severino renunciou ao mandato �s v�speras da instaura��o de processo disciplinar no Conselho de �tica.

Inqu�ritos

Maranh�o tamb�m � alvo de inqu�rito no �mbito da Opera��o Lava Jato. Alberto Youssef, condenado por lavagem de dinheiro e acusado por outros crimes, relatou que Maranh�o foi um dos pol�ticos do PP que receberam dinheiro por meio de uma empresa usada pelo doleiro para distribuir propina oriunda de contratos da Petrobras.

O deputado do PP � ainda alvo de outros dois inqu�ritos que tramitam no STF, nos quais � acusado de crimes como lavagem de dinheiro e oculta��o de bens. Ele tamb�m traz no curr�culo outros questionamentos na Justi�a Eleitoral e teve suas contas de campanha de 2010 para deputado rejeitadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranh�o (TRE-MA).

M�dico veterin�rio de forma��o, Maranh�o est� no terceiro mandato consecutivo como deputado federal. Ele se filiou ao PP em 2007 e j� foi filiado ao PDT, ao PSB e ao PTB.


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