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Estado de Minas

Condenado, Azeredo responsabiliza ex-tesoureiro por recursos de campanha


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postado em 11/05/2016 00:31 / atualizado em 11/05/2016 07:45

S�o Paulo - A defesa do ex-presidente do PSDB e ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, condenado a 20 anos e 10 meses de pris�o no mensal�o do PSDB, afirmou na apela��o encaminhada nesta segunda-feira, 9, ao Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, que a responsabilidade pela capta��o de recursos de publicidade de estatais mineiras durante sua reelei��o em 1998 foi do publicit�rio Eduardo Guedes.

Guedes foi secret�rio de comunica��o de Azeredo e, de 2009 a 2014, prestou servi�os � Executiva Nacional do PSDB e atuou como conselheiro e assessor pr�ximo do atual presidente da sigla, senador A�cio Neves.

Em 61 p�ginas, o recurso dos criminalistas Castellar Modesto Guimar�es Filho e Castellar Modesto Guimar�es Neto pede a absolvi��o do tucano, condenado em dezembro do ano passado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Ele foi o primeiro nome do partido condenado por envolvimento no esc�ndalo envolvimento no esc�ndalo envolvendo Marcos Val�rio, sentenciado a 37 anos de pris�o por atuar como operador do esquema petista no governo federal durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O Tribunal n�o tem data para julgar o caso de Azeredo e, caso decida por manter a condena��o, ele j� pode ter de cumprir pena na pris�o.

"Em sentido diverso do sustentado pelo Minist�rio P�blico Federal, a prova dos autos atestou, com absoluta clareza, que a solicita��o para a destina��o de verba a t�tulo de patroc�nio, se deu �nica e exclusivamente por ato de Eduardo Guedes, ent�o Secret�rio de Estado Adjunto de Comunica��o Social", afirmam os defensores do tucano.

Na �poca secret�rio do governo Azeredo, Guedes atuou para captar recursos de estatais mineiras para os eventos esportivos Enduro da Independ�ncia, Mundial de Supercross e Iron Biker. Os eventos foram patrocinados pelas estatais Comig (Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, atualmente Codemig), Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) e o extinto Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais, privatizado em 1998).

Os patroc�nios foram operados por meio da SMP&B Comunica��o e da DNA propaganda, usadas por Marcos Val�rio para abastecer os esquemas tucanos que, segundo um MPF serviu como "laborat�rio" para o do PT. Segundo a senten�a em primeira inst�ncia, teriam sido desviados destes contratos ao menos R$ 3,5 milh�es do dinheiro da publicidade para o caixa 2 da campanha � reelei��o de Azeredo, que acabou derrotado por Itamar Franco.

Guedes � r�u em outra a��o do mensal�o mineiro, acusado de peculato e lavagem justamente por ter atuado para captar os recursos, e seu interrogat�rio est� marcado para o dia 10 de junho. Sua empresa manteve contrato com o PSDB de 2009 a 2014, ano em que ele deixou de assessorar A�cio e a Executiva Nacional do PSDB para evitar a exposi��o pol�tica do tema durante o per�odo eleitoral.

A defesa de Azeredo afirma que as acusa��es do Minist�rio P�blico Federal se baseiam apenas em "presun��es", reiteram os argumentos de que Azeredo n�o tinha conhecimento da movimenta��o financeira de sua campanha eleitoral e responsabiliza, al�m de Guedes pelos patroc�nios das estatais, o ent�o tesoureiro da campanha Cl�udio Mour�o pela capta��o de recursos junto ao operador do mensal�o Marcos Val�rio. Tudo isso, segundo os advogados, teria ocorrido sem o conhecimento do tucano na �poca.

"Em raz�o da plena delega��o de poderes, o recorrente n�o tomou conhecimento dos empr�stimos disponibilizados por Cl�udio Mour�o, � �poca de sua candidatura, fato que foi levado ao seu conhecimento apenas findas as elei��es", diz a apela��o. "Percebe-se, com absoluta clareza, que as afirma��es da acusa��o decorrem de absoluta presun��o, inexistindo nos autos qualquer prova segura que as alicerce", seguem os defensores alegando que n�o h� prova para responsabilizar o tucano.

Al�m disso, os defensores de Azeredo, pedem que, caso o Tribunal de Justi�a n�o absolva o ex-governador de Minas, seja concedida pelo menos a redu��o de sua pena, a mais dura para um pol�tico do mensal�o.

A reportagem tentou contato com Eduardo Guedes mas ele ainda n�o retornou. Cl�udio Mour�o n�o foi localizado para comentar o caso.

A assessoria de A�cio diz que o senador "desconhece o assunto e n�o guarda com ele nenhuma rela��o".


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