Mesmo com a frustra��o dos planos iniciais, os senadores apoiadores do governo querem participar de ato com a presidente hoje, quando ele deixar o cargo. Eles entendem que � preciso "registrar" o momento de alguma forma e que o fato "n�o pode passar em branco".
Uma op��o seria descer ao lado de Dilma a rampa do Pal�cio do Planalto. Antes disso, entretanto, � preciso a concord�ncia da pr�pria presidente. Ontem, ela havia pedido para suspender a cerim�nia de descida da rampa. Na avalia��o do Planalto, a cena poderia ser interpretada como "entrega" do governo. A expectativa � que a vota��o no senado s� aconte�a por volta das 5h de hoje.
Em todo o Brasil, reproduzindo o racha entre os manifestantes, foram registrados conflitos entre pr� e contra o impeachment da presidente. Em Bras�lia, os atos come�aram a ser organizados apenas no per�odo da tarde. �s 17h, o grupo de mulheres que est� na cidade para a Confer�ncia Nacional de Pol�tica para Mulheres deu in�cio a uma caminhada at� o Senado Federal, onde realizam protesto contra o afastamento da presidente Dilma Rousseff.
No percurso, com instrumentos de percuss�o, gritaram palavras ordem como "n�o vai ter golpe". Os manifestantes acampados pr�ximos ao Gin�sio Nilson Nelson, organizados pela Frente Brasil Popular, tamb�m j� se movimentam para seguirem ao mesmo local, bem como �ndios das etnias Xuburu, Funi�, Tabeba e Tremembe. J� na Esplanada dos Minist�rios, em frente ao Minist�rio da Justi�a, a Pol�cia Militar do Distrito Federal, usou bombas de g�s e spray de pimenta contra os manifestantes pr�-Dilma. Foram pelo menos dois confrontos em momentos distintos.
Pixulecos
Em S�o Paulo, a Avenida Paulista foi palco ontem para tr�s movimentos. Um deles, a favor do impeachment, montou acampamento em frente da Fiesp, encheu seus pixulecos e estacionou um gigantesco caminh�o de som na via.
O outro, contra o afastamento da presidente, postou-se perto do Masp, acendeu velas e fez coro para chamar Michel Temer de traidor. Um terceiro grupo, mais flu�do, e bem menos engajado, tamb�m se reuniu na Paulista, mas com cervejas geladas e por��es de batatas fritas. Ou seja, os partid�rios do happy hour. Cerca de 300 sindicalistas e integrantes de movimentos sociais realizaram um protesto tamb�m na manh� de ontem em S�o Bernardo do Campo, no ABC Paulista, horas antes do in�cio da vota��o do impeachment pelo Senado. Eles repudiaram o que chamam de "golpe" contra a presidente Dilma Rousseff. O protesto come�ou por volta das 6h30min em frente � sede do Sindicato dos Metal�rgicos do ABC, em S�o Bernardo e terminou pouco antes das 9h.
No Rio de Janeiro, militantes contra e a favor do impeachment voltaram a entrar em confronto na noite de ontem, na Cinel�ndia, no Centro do Rio de Janeiro. A troca de agress�es ocorreu quando uma mulher favor�vel ao impedimento da presidente Dilma passou entre os manifestantes que apoiam o PT, foi agredida e reagiu. A Pol�cia Militar (PM) precisou intervir. Ningu�m foi preso.
Fl�via Tavares, do Movimento Resist�ncia Rio de Janeiro, que defende o afastamento da presidente, foi retirada da Cinel�ndia pela PM e conduzida at� a Candel�ria. Militantes da Frente Brasil Popular acompanharam a a��o dos policiais em todo o percurso. Eles queriam levar Fl�via para a delegacia e registrar ocorr�ncia, sob a alega��o de que ela os agredira.