
Dilma procurou o seu pr�prio calv�rio
Enfim. Chegou a hora da verdade. Foi a pr�pria presidente Dilma Rousseff (PT) que ergueu o seu calv�rio. N�o est� sendo crucificada, d� sinais de que n�o sofre com o que est� acontecendo, n�o � protagonista de um mart�rio, como no sentido b�blico. Muito antes, pelo contr�rio, ateia que �, nem a Deus poderia recorrer.
A quest�o principal � que os fatos n�o mentem. Do mesmo jeito de Dilma em rela��o a Deus, os brasileiros nela n�o acreditam mais. O que prometeu, n�o cumpriu. De pol�tica, nada entende. Mesmo depois de subir a rampa do Pal�cio do Planalto n�o aprendeu como conviver com os pol�ticos. Se salvava, da� o segundo mandato, da fama de boa administradora. Da fama, porque mostrou tamb�m que n�o � bem assim. Quer conferir?
Alguns exemplos: o desemprego no Brasil bate um recorde atr�s do outro. A recess�o fechou as portas de 1,8 milh�o de empresas no ano passado. Isso mesmo, 1,8 milh�o, o triplo do registrado no per�odo anterior, que j� n�o foi ruim, muito ruim. Piorou ainda mais. Ah! At� o clima atrapalhou. Haver� perdas na safra de gr�os porque n�o choveu.
O resultado, com base no Indicador de Confian�a do Consumidor, da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, � o brutal aumento do pessimismo do consumidor. A pesquisa indicou que para 76,5% dos entrevistados a condi��o financeira no �ltimo semestre. Nem � preciso comentar. O percentual � assustador por si s�.
Ah! Ainda em Minas: at� o clima atrapalhou. Haver� perdas na safra de gr�os porque n�o choveu nas principais regi�es de produtoras de soja. O Minist�rio da Agricultura o que faz? Nada. Ali�s, nada n�o. A ministra K�tia Abreu diz que fica, vai permanecer no governo Dilma. Que governo Dilma?
Essas informa��es s�o para sair do lugar-comum da quest�o pol�tica. N�o foi ela que levou a presidente Dilma Rousseff (PT) ao impeachment. Foi o conjunto da obra, a falta de iniciativa, exce��o � parte, � claro, para as pedaladas fiscais que a levaram ao processo no Congresso. Foi a completa omiss�o diante da situa��o ca�tica. Da� o calv�rio l� do in�cio.
Agora � no ataque
Afastado na ter�a-feira do Senado, por unanimidade, Delc�dio do Amaral (ex-PT/MS) partiu logo para o ataque. Seu primeiro alvo foi o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB/AL). “Todo mundo v� claramente. N�o roubei, n�o pago amante com dinheiro de empreiteira, n�o tenho conta no exterior. O que o sr. Renan fez? Se eu n�o fosse cassado n�o colocava em vota��o o impeachment da Dilma. Foi uma vingan�a pessoal”, disparou.
Hacker na cadeia
Silvonei Jos� de Jesus Souza, o hacker acusado de extorquir Marcela Temer (foto), mulher do vice-presidente da Rep�blica, foi preso ontem. O bandido exigiu R$ 15 mil depois de ter invadido os arquivos de seu telefone celular. O secret�rio da Seguran�a P�blica, Alexandre de Moraes, determinou que policiais de sua confian�a assumissem a apura��o do crime. Os criminosos exigiam o dinheiro para devolver os dados do aparelho a Marcela. Um primeiro pagamento foi feito, mas em vez de cumprir o acordo, o bandido passou a exigir mais dinheiro. Acabou no xilindr�.
Problema � de confian�a
Em entrevista ontem � rede CNN, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu o impeachment da presidente Dilma Rousseff e disse que existe muita corrup��o no governo e que a popula��o n�o confia mais em Dilma nem no sistema pol�tico brasileiro. “Essa � a quest�o chave no Brasil: a falta de confian�a”, afirmou, emendando: “Para mim existe uma crise mais profunda do que o caso da presidente Dilma. � a crise do sistema pol�tico no Brasil”.
Ironia do destino
Por ironia do destino, foi a ent�o deputada petista Sandra Starling que apresentou, em 18 de mar�o de 1989, a Emenda nº 1564-4 que determina: “Nos crimes comuns, � dispensada a aprecia��o de proced�ncia da acusa��o pela Assembleia Legislativa, ser� o governador submetido a julgamento pelo Superior Tribunal de Justi�a”. A proposta foi acatada expressamente pelos constituintes � �poca, o que retirou do texto original a necessidade de autoriza��o pr�via do Legislativo.
Pontualidade “brit�nica”
O presidente do Senado,, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi pontual. J� estava pronto para presidir a sess�o �s 9h20. Mas pontualidade n�o � o forte dos senadores. Embora o painel mostrasse o registro de 40 senadores – faltava um para poder abrir a sess�o – havia apenas 16 em plen�rio �s 9h30, hor�rio marcado para o in�cio da sess�o. E �s 10h, ainda n�o havia quorum, s� 31 estavam presentes. Atrasou, � claro. E, � preciso repetir o verbo, atrasou ainda mais por conta de uma s�rie de quest�es de ordem. Algumas pertinentes. Mas tinha senador louco para aparecer. S� isso, aparecer na TV.
PINGA FOGO
Esta coluna tamb�m faz uma quest�o de ordem. Ali�s, nem precisa. A senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) fez tantas, mas tantas besteiras, que n�o haver� elei��o. Ela j� � a mala do ano.
A presidente Dilma Rousseff (PT) desistiu de seus planos iniciais. N�o vai mais descer a rampa do Pal�cio do Planalto depois de ser afastada. Foi conselho do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.
Lula disse que descer a rampa pareceria que ela estava entregando os pontos, que pareceria uma despedida definitiva. �, se � assim agora, consumado o impeachment, Dilma ter� que sair pela porta dos fundos ou pela garagem.
A choradeira do PT n�o tem fim. E eles j� acharam os culpados pela situa��o atual da presidente Dilma Rousseff (PT). O primeiro citado � sempre o senador A�cio Neves (PSDB-MG).
Mas raiva mesmo, os petistas t�m na cabe�a um outro culpado. O ex-presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha. E com raz�o. De fato, ele influencia mesmo uma cole��o de parlamentares.