Bras�lia, 12 - A comiss�o especial do impeachment se re�ne hoje, �s 16h, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que a partir da admissibilidade do processo passa a presidir os trabalhos no Senado. "A reuni�o j� dar� a moldura dos trabalhos. Salvo engano a primeira tarefa da comiss�o � a apresenta��o da defesa", disse o relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG).
Uma das principais discuss�es � o tempo em que a presidente Dilma Rousseff ficar� afastada. O prazo m�ximo � de 180 dias, mas � vari�vel. "� dif�cil inferir e precisar qual ser� o tempo. Boa parte desse prazo � voltada para a produ��o de provas, o que pode variar em raz�o de oitiva de testemunhas e produ��o de documentos", disse o relator.
O presidente da comiss�o, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que 180 dias � um prazo muito longo, que geraria uma "expectativa muito grande". "N�o � bom para o Pa�s, mas encurtar o prazo tamb�m n�o � bom pois precisamos dar amplo direito � defesa. � preciso um prazo que seja bom tanto para o Brasil quanto para a defesa", disse Lira.
Segundo o tucano, a defesa n�o ter� interesse em procrastinar. "Pelo contr�rio. Se est� convicta de seus argumentos, vai querer apresent�-los com brevidade", disse.
O rito a ser utilizado a partir de agora, segundo Lira, ser� o mesmo de 1992, "para evitar qualquer possibilidade de judicializa��o". Anastasia destacou que a fase que se encerrou nesta manh� � "t�o somente a presen�a dos ind�cios". "A partir de agora teremos o processo propriamente dito e caminharemos para a pron�ncia caso haja a confirma��o da exist�ncia de crime", avisou.