(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Empresas dos EUA esperam reformas com Temer


postado em 12/05/2016 10:49

Washington, 12 - Detentoras da maior fatia de investimentos estrangeiros no Brasil, as empresas americanas esperam que o governo de Michel Temer traga estabilidade, promova reformas estruturais e apresente um caminho claro de m�dio e longo prazos para o Pa�s. Mas a ambi��o � acompanhada da percep��o de que o Executivo enfrentar� resist�ncia no Congresso para implementar muitas das mudan�as que consideram necess�rias.

"Investidores estrangeiros anseiam por estabilidade", disse ao Estado Thomas McLarty, presidente da se��o americana do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, entidade que re�ne as grandes companhias americanas com neg�cios no Brasil.

Segundo ele, o setor privado espera do novo governo um "certo n�vel de ambi��o" no enfrentamento da crise econ�mica, que s� pode ser alcan�ado com a solu��o da crise pol�tica.

Diante da esperada dificuldade no Congresso, a gest�o Temer deveria priorizar medidas essenciais, que indiquem a busca de equil�brio fiscal, maior abertura comercial, aumento da competitividade, melhoria do ambiente de neg�cios e regras claras e est�veis para investimentos em infraestrutura, dizem representantes de empresas e analistas.

Prioridade

Entre as reformas estruturais, a da Previd�ncia � vista como priorit�ria, em raz�o do potencial impacto positivo sobre as contas p�blicas.

A brasileira Cassia Carvalho, diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, observou que o in�cio do novo governo ser� uma oportunidade para aprova��o de reformas, mas reconheceu que uma agenda muito ampla enfrentar� dificuldades no Congresso. Nesse cen�rio, a entidade prop�e tr�s medidas que teriam impacto no curto prazo: facilita��o do com�rcio internacional, estabelecimento de regras claras para concess�es na �rea de infraestrutura e melhoria do ambiente de neg�cios.

Ex-diretora do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Teresa Ter-Minassian defende que a gest�o Temer d� menos �nfase a remendos e solu��es f�ceis e mantenha o foco em reformas estruturais e fiscais de longo prazo.

"O novo governo deve dar um claro sinal de que sabe que o far�, comunicar as decis�es de maneira clara � popula��o e buscar apoio pol�tico para implement�-las", disse Ter-Minassian, que negociou o socorro do FMI ao Brasil nos anos 90. "Sem isso, a confian�a n�o ser� restaurada."

Reformas

Em sua opini�o, o investimento dom�stico e estrangeiro aumentar� se houver a percep��o de que existe um governo no comando capaz de aprovar reformas e recuperar o equil�brio fiscal. "O Brasil est� muito atraente em raz�o da taxa de c�mbio", observou a economista.

Consultora de empresas que t�m neg�cios no Brasil ou pretendem se instalar no pa�s, Kellie Meiman acredita que ser� importante o novo governo mostrar que tem "um rumo" e uma equipe capaz de gerenciar as dificuldades pol�ticas e econ�micas. "A situa��o no Congresso n�o ser� f�cil. Por isso, o Executivo deveria eleger algumas prioridades que tenham impacto e provoquem um choque de confian�a", disse Meiman, que � diretora para o Brasil e Cone Sul da consultoria McLarty Associates.

Entre as medidas, ela mencionou a busca do equil�brio fiscal, a reforma da Previd�ncia, o aumento da competitividade da economia, a maior abertura comercial e a simplifica��o tribut�ria.

O brasilianista Matthew Taylor, professor da American University, avaliou que h� expectativas pouco realistas em rela��o ao que pode ser feito pela gest�o Temer. Em sua opini�o, o presidente interino ser� bem-sucedido se atingir tr�s objetivos: aprovar a reforma da Previd�ncia, corrigir a trajet�ria fiscal e manter as investiga��es das opera��es Lava Jato e Zelotes. "Qualquer governo vai enfrentar press�es dos atores pol�ticos no Congresso para intervir nas investiga��es."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)