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Estado de Minas

"Posso ter cometido erros, mas n�o cometi crimes", diz Dilma


postado em 12/05/2016 12:07

Carla Ara�jo, 12 - Em suas primeiras palavras p�blicas ap�s a decis�o do Senado de aceitar o processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff reconheceu erros e afirmou que o que mais d�i neste momento � a "dor da injusti�a". "Posso ter comido erros, mas n�o cometi crimes", disse.

Ao lado de mais de 20 ministros, deputados, senadores e funcion�rios do Pal�cio do Planalto, a presidente afastada fez um pronunciamento de 15 minutos. Dilma refor�ou que est� sofrendo um golpe e pediu que n�o desistam de lutar por seu governo. "O que est� em jogo n�o � apenas o meu mandato, � o respeito �s urnas, � vontade soberana do povo brasileiro e � Constitui��o", afirmou.

Dilma lembrou da tortura que sofreu durante a ditadura militar e do c�ncer que teve em 2011, mas afirmou que nenhuma dessas dores foi mais forte do que a que sofre agora. "Muitos (desafios) pareceram a mim intranspon�veis, mas eu consegui venc�-los. Eu j� venci a dor da tortura e da doen�a e agora eu sofro uma dor igualmente inomin�vel, a da injusti�a. O que mais d�i � a injusti�a e � perceber que estou sendo vitima de uma farsa jur�dica e pol�tica", afirmou.

A presidente afastada Dilma Rousseff refor�ou, em pronunciamento ap�s assinar a intima��o de afastamento por at� 180 dias, que a decis�o do Senado Federal de abrir o processo de impeachment coloca em jogo o respeito �s urnas e �s conquistas dos �ltimos 13 anos.

A presidente fez um breve balan�o de medidas do seu governo e citou a descoberta do pr�-sal, os programas de atendimento � Sa�de, "ganhos das pessoas mais pobres", a valoriza��o do sal�rio m�nimo, a "realiza��o do sonho da casa pr�pria".

Dilma classificou o processo que levou ao seu afastamento de "fr�gil, inconsistente" e ressaltou que � uma pessoa honesta e inocente. "N�o existe injusti�a mais devastadora do que condenar um inocente. Injusti�a cometida � um mal irrepar�vel. Essa farsa jur�dica deve-se ao fato de que nunca aceitei chantagem de qualquer natureza", destacou.

Ao lado de mais de 20 ministros, que chegaram antes dela ao local da cerim�nia e a aplaudiram em diversos momentos, Dilma afirmou que, desde que foi eleita, parte da oposi��o inconformada pediu recontagem dos votos e tentou anular as elei��es e passou a conspirar para um processo de impeachment. "Impedindo a recupera��o da economia com o objetivo de tomar � for�a o que n�o conquistaram nas urnas", disse.

Segundo a presidente, o seu governo tem sido alvo de intensa e incessante sabotagem. "Quando uma presidente � ca�ada sob a acusa��o de um crime que n�o cometeu, o nome que se d� a isso � golpe", disse, antes de reafirmar que n�o cometeu crimes de responsabilidade e que os decretos citados no processo de impeachment tamb�m aconteceram em outros governos.

Lula

Depois do pronunciamento, a presidente Dilma Rousseff desceu, pela passagem interna do pr�dio, e encontrou-se com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em frente ao Pal�cio do Planalto. Os dois se abra�aram, mas n�o disseram nada. "N�o tenho o que dizer neste momento", falou Lula, ao ser questionado pela imprensa. "� um momento muito triste", disse Jaques Wagner. V�rios servidores acompanharam a caminhada, chorando. Dilma faz fora do Planalto um discurso aos manifestantes que a esperavam.


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