O peemedebista almejava o que foi definido como Minist�rio de "not�veis", mas acabou cedendo � press�o dos partidos para manter o compromisso de reduzir o tamanho do primeiro escal�o. O principal exemplo se deu com a Sa�de. Temer queria que o PP avalizasse o nome do cirurgi�o paulista Raul Cutait. A bancada da sigla na C�mara n�o gostou da ideia e amea�ou boicotar o novo governo em vota��es na Casa. Com a press�o, o deputado Ricardo Barros (PR) levou o cargo.
A press�o dos partidos fez com que o desenho da Esplanada mudasse constantemente. O PRB, por exemplo, come�ou pedindo a Agricultura. Ap�s press�o do setor por um nome ligado � �rea, Temer ofereceu em troca Ci�ncia e Tecnologia. A legenda anunciou para o posto o presidente do partido, o advogado e bispo licenciado da Igreja Universal Marcos Pereira. Nova leva de cr�ticas. Por fim, com a fus�o da pasta com Comunica��es, Pereira foi para o Minist�rio do Desenvolvimento.
O PMDB de Temer ficou com sete minist�rios. Desses, tr�s s�o parlamentares: os deputados Leonardo Picciani (Esporte) e Osmar Terra (Desenvolvimento Agr�rio e Social) e o senador Romero Juc� (Planejamento). Tamb�m h� os ex-deputados Helder Barbalho (Integra��o Nacional) e Henrique Alves (Turismo).
Tucanos
Um dos principais fiadores do impeachment de Dilma, o PSDB ter� tr�s integrantes no governo Temer. Desses, dois s�o parlamentares: o senador Jos� Serra (Rela��es Exteriores) e o deputado Bruno Ara�jo (Cidades), pr�ximo do presidente da sigla, senador A�cio Neves (MG). A legenda indicou o ministro da Justi�a: o ex-procurador de Justi�a e advogado Alexandre de Moraes, que deixou a pasta da Seguran�a P�blica do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
PP e PSD indicaram cada um dois representares. No caso do PP, s�o dois parlamentares: o deputado Ricardo Barros (Sa�de) e o senador Blairo Maggi (Agricultura), que deixou o PR e se filiou ao partido na quarta-feira, 11.
Ainda assim, Temer n�o conseguiu agradar a todos. Um dos principais articuladores do impeachment na C�mara, o presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), reclamou porque o partido ficou sem minist�rio. Paulinho da For�a chegou a negociar com Temer o Minist�rio do Desenvolvimento Agr�rio. Com a fus�o da pasta com o Desenvolvimento Social, o partido, que tem 14 deputados, ficou sem vaga na Esplanada.
Lava-Jato
A equipe de Temer tamb�m tem tr�s alvos da Opera��o Lava-Jato: RomeroJuc�, Henrique Alves e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA), que assumir� a Secretaria de Governo. Os dois �ltimos passam a ter foro privilegiado e, agora, s� podem ser investigados perante o Supremo Tribunal Federal (STF). �s v�speras de assumir o cargo, Temer disse que o fato de ser investigado n�o seria impeditivo para a nomea��o de seus auxiliares.
Juc� � investigado por suposto recebimento de dinheiro desviado da Petrobras e do setor el�trico. Um inqu�rito apura se ele cometeu crimes de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha. Recentemente, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pediu a abertura de novas linhas de investiga��o contra Juc� e outros integrantes da c�pula do PMDB por poss�vel envolvimento em desvio de recursos das obras da Hidrel�trica de Belo Monte e outros projetos do Minist�rio de Minas e Energia. Juc� tamb�m � alvo de inqu�rito ligado � Opera��o Zelotes, esquema de lobby envolvendo MPs. Juc� nega envolvimento em qualquer crime.
Henrique Alves teve a casa como alvo de busca de uma fase da Lava Jato, batizada de Catilin�rias. Geddel foi citado em mensagens interceptadas, mas n�o � alvo direto de investiga��o.
Tanto Alves quando Geddel admitem ter tratado com o empreiteiro L�o Pinheiro, da OAS, de quest�es de interesse dele, mas negam irregularidades.