S�o Paulo, 15 - O PT est� usando as rela��es que mant�m com partidos de diversos pa�ses em sua estrat�gia para afirmar no exterior que um golpe est� em curso no Brasil. At� o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva se envolveu na tarefa. Em dezembro, ele discursou no congresso do Partido Social Democrata Alem�o (SPD), em Berlim, para mais de 300 convidados de 40 partidos pol�ticos de v�rios pa�ses. Recebido por Martin Schulz (SPD), presidente do Parlamento Europeu, Lula disse que o impeachment contra Dilma era “uma vingan�a de Eduardo Cunha”.
Em nota, o SDP, que participa da coaliz�o de governo de Angela Merkel, afirmou que a “oposi��o brasileira abusou do instrumento do impeachment” e disse que “isso � um precedente perigoso para a democracia no Pa�s”.
Anteontem (13), o ex-primeiro-ministro espanhol Jos� Luis Zapatero expressou “preocupa��o com a situa��o no Brasil”, mas o socialista evitou qualific�-la como golpe. “Esse impeachment levar� a uma reflex�o na Am�rica Latina e abrir� um debate sobre esse processo.”
Europeus. Pol�ticos da esquerda europeia no poder na Fran�a e na It�lia tamb�m apoiaram a petista. O ex-primeiro-ministro da It�lia Massimo D’Alema, do Partido Democr�tico (PD) - o mesmo do chefe de governo, Matteo Renzi - disse � ag�ncia Ansa que, contra Dilma, h� uma “persegui��o pol�tica da parte de um grupo de personagens indecentes”. “Dilma tem responsabilidade pol�tica, mas o impeachment � um abuso pois n�o h� base jur�dica e � um precedente perigoso para o Pa�s, que corre o risco de acabar nas m�os de um governo ileg�timo, com pouco cr�dito internacional.”
Deputado e membro da dire��o do Partido Socialista (PS) franc�s, Pascal Cherki classificou o impeachment como “golpe de estado”. Para Jean-Louis Gagnaire (deputado do PS), Dilma � v�tima de uma “coaliz�o de parlamentares corrompidos”. O PS publicou em seu site um artigo de Maurice Braud, um de seus secret�rios, acusando a direita brasileira de querer desestabilizar o Pa�s. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.