A Pol�cia Federal indiciou o empres�rio Andr� Gerdau e mais 18 investigados da 6.ª fase da Opera��o Zelotes, entre conselheiros e ex-conselheiros do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), advogados e membros da diretoria da empresa sider�rgica Gerdau, suspeita de tentar sonegar R$ 1,5 bilh�o. Gerdau foi indiciado por corrup��o ativa.
Na ocasi�o, o advogado Arnaldo Malheiros Filho, que defende Gerdau, afirmou que "eles n�o sonegaram absolutamente nada". Segundo o criminalista, "existe um auto de infra��o e eles (Gerdau) usaram o recurso que a lei permite".
"Foram ao Carf. A contrata��o de escrit�rio de advocacia n�o ocorreu para corromper ningu�m. Seria paga uma taxa de �xito, mas como n�o houve �xito nenhum n�o se pagou nada. Em tr�s ou quatro casos um �nico foi julgado e a Gerdau perdeu o que demonstra que n�o havia nenhuma corrup��o. A� estourou a opera��o (Zelotes) e os outros procedimentos n�o foram nem julgados. Ou seja, nunca pagaram nada para advogado nenhum e nem sonegaram nada. Estavam apenas pedindo ao Minist�rio da Fazenda o que achavam que era direito", disse Arnaldo Malheiros Filho em fevereiro.
Ao longo da investiga��o, al�m do apoio de centenas de policiais no cumprimento de mandados judiciais nas diversas fases da Opera��o Zelotes, 7 policiais federais estiveram � disposi��o da investiga��o na Superintend�ncia PF no Distrito Federal.
Ao longo de 176 p�ginas, o relat�rio lista "uma s�rie de provas" obtidas pelos policiais e indicia os investigados por corrup��o ativa, corrup��o passiva, lavagem de dinheiro, tr�fico de influ�ncia entre outros crimes.
"Fartamente documentados, apenas os autos da 6ª fase da Opera��o Zelotes j� possuem 3 volumes, al�m de 1 apenso", destaca nota divulgada pela PF nesta segunda-feira, 16.
"O indiciamento �gil por parte da Pol�cia Federal tem o objetivo de evitar a prescri��o dos crimes e, assim, a impunidade."
Para realizar este trabalho, desde o in�cio, a Pol�cia Federal contou com o apoio da Receita Federal, que, no �mbito de suas atribui��es, participou da investiga��o.
A PF informou que mesmo com envio do relat�rio � 10.ª Vara da Justi�a Federal no DF, prossegue a an�lise da vasta m�dia apreendida durante as buscas, o que pode resultar em novos indiciamentos e dar in�cio a outros inqu�ritos.
A 6.ª fase da Zelotes foi deflagrada no dia 25 de fevereiro de 2015, policiais federais cumpriram, em 5 unidades da federa��o, medidas judiciais contra um dos grupos empresariais investigados pela opera��o. Durante os trabalhos de investiga��o conduzidos pela PF, foi constatada a exist�ncia de associa��o criminosa voltada a manipular e influenciar decis�es do Conselho de Recursos Administrativos (CARF), por meio de corrup��o de Conselheiros, em prol de empresas desfavorecidas em decis�es administrativas condenat�rias de inst�ncias inferiores.
O alvo desta fase de a��es da PF, empresa sider�rgica brasileira que possui opera��es industriais em 14 pa�ses, celebrou contratos com escrit�rios de advocacia e de consultoria, os quais, por meio de seus s�cios, agiram de maneira il�cita, manipulando o andamento, a distribui��o e decis�es do Conselho de Recursos Fiscais - CARF, visando obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobran�a de tributos em seus processos.
Mesmo ap�s a deflagra��o da Opera��o Zelotes, em 26 de mar�o de 2015, informa��es produzidas pela Pol�cia Federal apontaram evid�ncias da continuidade da pr�tica dos crimes de advocacia administrativa fazend�ria, tr�fico de influ�ncia, corrup��o ativa e passiva, associa��o criminosa e lavagem de dinheiro por parte de uma estrutura criminosa complexa e composta por conselheiros e ex-conselheiros do CARF, advogados e a empresa sider�rgica alvo da a��o.
Nesta fase foram cumpridos 18 mandados de buscas e apreens�es, 22 mandados de condu��es coercitivas, em Bras�lia/DF, Porto Alegre/RS, S�o Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ e Recife/PE e 2 oitivas autorizadas judicialmente, realizadas no Complexo da Papuda, em Bras�lia/DF. Todas as medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da Justi�a Federal no DF.