
"Acho que o presidente Temer tem um grande desafio pela frente. Nomeou Meirelles (Fazenda), um nome importante, Serra (Rela��es Exteriores), que � um nome relevante, faz 'nhem nhem nhem', mas � qualificado, mas fomos de oito para 80. Antes tinha pol�tico de menos e agora temos um governo com pol�tico demais. Alguns ministros s�o bem fraquinhos, o de Minas e Energia por exemplo, e estou falando porque sou da �rea. Tem que colocar gente que conhe�a", criticou o senador cassado, o participar do programa Roda Viva, da TV Cultura.
"Os primeiros passos preocupam muito, o governo Temer n�o tem base social nenhuma, n�o � f�cil governar assim um Pa�s complexo como o Brasil. Temer vai precisar ter muita coragem para adotar as medidas dur�ssimas na economia."
'Aposentadoria'
Com sua experi�ncia no Senado, Delc�dio descartou a possibilidade de Dilma Rousseff conseguir sobreviver ao processo de impeachment e retornar � Presid�ncia da Rep�blica. "A presidente Dilma n�o volta mais. S� esses 55 votos no Senado (para abertura do processo) j� s�o um indicativo. Conhe�o aquela Casa, a tend�ncia � esse placar se alargar (contra Dilma)", afirmou - para garantir o afastamento definitivo de Dilma, o processo de impeachment tem de contar com 54 votos pela condena��o. "Ela j� n�o tinha mais condi��o pol�tica nenhuma de governar Pa�s. A presidente Dilma vai para a aposentadoria."
Entre os erros pol�ticos da presidente afastada, Delc�dio destacou que a petista n�o ouviu os conselhos de seu padrinho pol�tico, o ex-presidente Lula, e preferiu se orientar por pessoas como Aloizio Mercadante - que ocupou os minist�rios da Casa Civil e da Educa��o.
"Ela era aconselhada pelo Mercadante no sentido de 'deixe essa coisa (Lava Jato) andar, pode at� chegar no Lula, mas voc� vai sair forte desse processo. Um pensamento tosco que ela ia se fortalecer e os outros entrar pelo cano."
Em rela��o a Lula, Delc�dio avaliou que a situa��o pol�tica do ex-presidente � "cr�tica" e que vai ser dif�cil ele voltar a ter for�a eleitoral. "Ele sai muito desgastado, acho muito dif�cil sair uma candidatura competitiva disso."
Sobre o PT, classificou como "partido forte, org�nico, mas que perdeu muito do seu brilho". Para ele, a legenda precisa passar por uma revis�o dos seus quadros, tirando da presid�ncia Rui Falc�o - a quem chamou de "figura bizarra" - e valorizando as lideran�as "l�cidas" e "competentes".