
"Diante de tamanha ofensa aos trabalhos desta Nobre Casa Legislativa, discordamos da clara tentativa de desqualificar o Poder Legislativo municipal e entendemos que o parlamentar passa a ser persona non grata em Campinas", informa o documento que ser� encaminhado ao deputado.
A mo��o de protesto do vereador Pedro Tourinho (PT) foi uma resposta ao posicionamento do deputado sobre os pol�ticos locais. As declara��es foram dadas em entrevista ao jornal de Campinas Correio Popular, na edi��o do domingo de 1º de maio.
"Essa C�mara Municipal de voc�s a� � fraca. Estou me lixando para esses vereadores que votaram isso. Eles n�o t�m o que fazer, s�o uns desocupados… Esses vereadores s�o uns ot�rios", disse ao jornal sobre uma mo��o aprovada no munic�pio, dia 25.
Bolsonaro partiu para o ataque ap�s a C�mara de Campinas aprovar um documento de rep�dio a homenagem que ele fez ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, durante seu voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT), na Camara dos Deputados.
Naquela sess�o do dia 17 de abril, Bolsonaro invocou a 'mem�ria do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff'.
"O coronel Ustra foi um her�i nacional, ele lutou pela nossa democracia, pela nossa liberdade", reiterou na entrevista ao jornal. Ustra comandou o DOI-Codi, centro de torturas do antigo II Ex�rcito em S�o Paulo nos anos de chumbo, entre 1971 e 1974. Em 2012, a Justi�a de S�o Paulo declarou oficialmente Ustra torturador. Ele morreu em 2015 aos 83 anos.
Um dia ap�s a entrevista de Bolsonaro, na sess�o do 2 de maio, o vereador Cid Ferreira (SD) criticou as declara��es do deputado contra a Casa. "Al�m de deixar de ser homem, ele (Bolsonaro) deixou de ter car�ter", declarou na tribuna nesta segunda, 16.
Ustra foi considerado oficialmente torturador pela Justi�a de S�o Paulo, em 2012.
Defesa
O deputado Jair Bolsonaro foi procurado pela reportagem, mas ainda n�o se manifestou sobre a mo��o de protesto.