O ex-ministro da Justi�a Eug�nio Arag�o criticou a composi��o dos minist�rios do governo do presidente em exerc�cio, Michel Temer, e disse que h� uma tentativa de desqualificar a gest�o da presidente Dilma Rousseff "sem conhecimento de causa". Segundo ele, que fez cr�ticas ao novo ministro da defesa, Raul Jungmann, os minist�rios foram distribu�dos para atender anseios pol�ticos e os respons�veis pelas pastas tentam "desmontar pelo prazer de desmontar".
"Esse � um minist�rio montado para atender reclamos de participa��o pol�tica dos atores do golpe. As pessoas votaram (pelo impeachment) com objetivo de ganhar espa�o. Ent�o se fez um verdadeiro mosaico de espa�o, querendo desmontar tudo �s pressas. Todo mundo come�a a falar de qualquer jeito sem ter conhecimento de causa", afirmou Arag�o.
Nesta semana, ministros de Temer protagonizaram ao menos dois imbr�glios. Na segunda-feira, Temer desautorizou o ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, e garantiu que vai manter a tradi��o de indicar para o comando do Minist�rio P�blico Federal o procurador mais votado pela categoria.
Nesta ter�a-feira, o ministro da Sa�de, Ricardo Barros, precisou garantir, ap�s uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que n�o pretende redimensionar o Sistema �nico de Sa�de (SUS).
Arag�o disse ter "estranhado muito" as cr�ticas do novo ministro da Defesa, Raul Jungmann, � organiza��o das Olimp�adas pelo governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo Jungmann, o governo petista foi "muito desatento" com o grande evento. O ex-ministro da Justi�a, no entanto, aponta que o plano de seguran�a para os jogos ol�mpicos foi elogiado pelo Comit� Ol�mpico brasileiro e por autoridades alem�s e americanas e destaca que a seguran�a do evento n�o � organizada pelo Minist�rio da Defesa. "Ele abriu a boca sem saber", disse Arag�o.
Em 2011, uma Secretaria para Grandes Eventos, subordinada ao Minist�rio da Justi�a, foi criada para coordenar a seguran�a de eventos como as Olimp�adas. "Os militares s� entram subsidiariamente para suprir defici�ncias. N�o tem fun��o de protagonistas", disse Arag�o. Para o ex-ministro, as declara��es de Jungmann confirmam uma "necessidade de desqualificar os atos do governo da presidente Dilma, de fazer oposi��o por oposi��o sem tomar conhecimento dos fatos".
Tido como um dos conselheiros da equipe jur�dica de Dilma na defesa do impeachment, Arag�o � subprocurador-geral da Rep�blica e apesar da breve perman�ncia no governo foi um dos ferrenhos defensores da gest�o da petista nos �ltimos meses.