Fora das atividades da Presid�ncia - por ter a admissibilidade do processo de impeachment aceito pelo plen�rio do Senado -, a presidente afastada Dilma Rousseff (PT) faz na tarde desta quarta-feira uma conversa com os internautas via Facebook. O tema escolhido pela conversa � o programa Bolsa Fam�lia. Participa do papo, intitulado “Face to Face com Dilma”, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate � Fome (MDS) Tereza Campello.
Em uma das respostas, a internauta Mia Vargas pediu para que Dilma analisasse a postura do governo interino de Michel Temer (PMDB) sobre a anunciada “reavalia��o”. Para a petista, o cen�rio n�o � positivo e sinaliza que o entendimento atual do Planalto � de enfraquecer o programa. “Eles t�m falado muito em cortar benef�cios. Com o Bolsa Fam�lia, falam de cortar de 10% a 30%. Isso significa de 4,7 milh�es at� 13 milh�es de pessoas”.
Ainda segundo Dilma, a inten��o do governo interino � de reduzir a apenas 5% do atual contingente de atendidos pelo benef�cio social. “Iriam tirar 36 milh�es de pessoas do Bolsa Fam�lia numa canetada s�. O pior de tudo � que o Bolsa Fam�lia foi feito para proteger as crian�as mais pobres do nosso Pa�s e cort�-lo para 5% tiraria da prote��o do Bolsa Fam�lia 16 milh�es de crian�as.”, postou.
A conversa de Dilma e Campello com os internautas teve in�cio por volta das 15h, no perfil oficial da presidente afastado na rede social.
No comando da Pasta oriunda da fus�o de dois minist�rios sociais controlados pelo PT, o deputado federal licenciado do PMDB ga�cho, Osmar Terra, criticou, na semana passada, as falas de Dilma Rousseff de que a meta de elevar o padr�o de vida dos 5% mais pobres, ou 10 milh�es de pessoas, prevista no documento "Travessia Social", iria excluir benefici�rios do Bolsa Fam�lia. "O documento n�o fala em redu��o do Bolsa Fam�lia. E vamos combinar que se o discurso da presidente diz que menos de 10% da popula��o � pobre, por que temos 50 milh�es de pessoas recebendo o Bolsa Fam�lia?", indagou Terra.
Michel Temer, no dia em que assumiu interinamente o governo, afirmou que os programas sociais seriam mantidos.