Bras�lia, 20 - Levado de forma coercitiva para prestar depoimento � Pol�cia Federal nesta sexta-feira, 20, Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de ex-mulher do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, teria recebido "valores de origem il�cita" ao "dissimular" presta��o de servi�os para obras da construtora Odebrecht fora do Brasil. A conclus�o consta na pe�a que embasou a decis�o do juiz Vallisney de Souza Oliveira, que determinou tamb�m a busca e apreens�o em endere�os relacionados a Taiguara. Ele seria 'laranja' de Lula, que � investigado por praticar tr�fico de influ�ncia para a Odebrecht conseguir financiamentos junto ao Banco de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES).
"Os elementos trazidos pela autoridade policial revelam que foram executados aparentes neg�cios jur�dicos no exterior por empresas ligadas a Taiguara Rodrigues dos Santos, pessoa pr�xima e do conv�vio familiar do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, contratadas por empresas do grupo Odebrecht para presta��o de diversos servi�os t�cnicos especializados - como sondagens, perfura��es, servi�os de topografia, elabora��o de projetos e consultoria - sem experi�ncia anterior e sem a demonstra��o inequ�voca de capacidade t�cnica, o que indica a ocorr�ncia de irregularidades e dissimula��o de valores de origem il�cita", afirma o juiz em seu despacho.
Taiguara � filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, irm�o de Maria de Lourdes da Silva, primeira mulher do ex-presidente Lula. Taiguara j� foi investigado pela Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do BNDES, realizada entre o fim do ano passado e o come�o de 2016. Em depoimento � comiss�o, ele afirmou que "�s vezes" tinha contato com Lula. Nesta sexta-feira, ele foi ouvido pela Pol�cia Federal no Rio de Janeiro. Apesar de ter resid�ncia fixa em Santos, ele foi detido na capital fluminense enquanto se hospedava num hotel no bairro de Copacabana. Ele � dono da empresa Exergia Brasil, que foi subcontratada pela Odebrecht.
Os advogados de Lula se manifestaram por meio de nota e criticaram o fato de a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico terem citado o nome na investiga��o, que, na vis�o deles, � irregular. "� reprov�vel que o Minist�rio P�blico Federal do Distrito Federal e a Pol�cia Federal tenham utilizado o nome do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para divulgar, nesta data (20 de maio), medidas de investiga��o autorizadas pela Justi�a", diz a nota. "Tais medidas n�o envolvem Lula e seu nome foi indevidamente mencionado. Prova disso � que o MPF e a PF afirmam, na mesma nota que faz refer�ncia ao nome do ex-Presidente, que "a investiga��o � sigilosa" e os nomes efetivamente envolvidos "n�o ser�o divulgados" - n�o havendo, diante disso, qualquer explica��o para a men��o ao nome de Lula", afirmam os advogados.
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Sobrinho de ex-mulher de Lula dissimulou valores il�citos, diz PF
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