(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Temer recua e cultura volta a ter pasta pr�pria


postado em 22/05/2016 08:49

Bras�lia, 22 - Durou dez dias a decis�o do presidente em exerc�cio Michel Temer de extinguir o Minist�rio da Cultura (MinC). Ap�s cr�ticas e press�o da classe art�stica, Temer recuou e decidiu recriar a pasta. O novo ministro ser� o diplomata Marcelo Calero, que na quarta-feira havia sido anunciado secret�rio nacional da Cultura. A decis�o foi divulgada no Twitter pelo ministro da Educa��o, Mendon�a Filho, a quem Calero seria subordinado.

�Conversei com o presidente Temer sobre a decis�o de recriar o Minist�rio da Cultura. O compromisso dele com a Cultura � pleno�, afirmou Mendon�a no Twitter. �A decis�o � um gesto do presidente Temer no sentido de serenar os �nimos e focar no objetivo maior: a cultura brasileira.� Dias antes, por�m, o pr�prio ministro da Educa��o havia defendido a fus�o das duas pastas, alegando que isso fortaleceria a cultura.

Ontem, Mendon�a disse � Coluna do Estad�o que �setores radicais, cujo prop�sito n�o era e n�o � discutir pol�ticas p�blicas�, queriam �apenas gerar desgaste para o governo e, por isso, o melhor seria p�r fim � pol�mica. �Essa coisa come�ou a ter um vi�s de explora��o pol�tica, de uma luta de alguns segmentos da cultura do Brasil que n�o valia a pena continuar com este assunto na agenda.�

Umas das vozes que resistia a ceder � press�o era a do ministro Geddel Vieira Lima (Governo), que externou sua posi��o tamb�m pelo Twitter: �Fui vencido Internamente. Como governo defendo a decis�o adotada�.

Debate

Temer buscou ao longo da semana uma resposta � press�o contra o fim do MinC. Na tentativa de desfazer a imagem negativa de montar o primeiro escal�o s� de homens, o presidente sondou artistas e professoras para a Secretaria de Cultura. Pelo menos seis mulheres recusaram o convite. Em outra tentativa de minimizar os danos, Temer concedeu o status de �secretaria especial� ao espa�o reservado �s quest�es culturais em seu governo. Por fim, prevaleceu a decis�o de ressuscitar o minist�rio.

A fus�o das pastas de Educa��o e Cultura foi tomada no mesmo dia em que Temer assumiu o exerc�cio da Presid�ncia. Em seu primeiro ato, ele reduziu os minist�rios de 32 para 23 e disse que n�o tinha medo de ser impopular. Entre os cortes, o da Cultura foi o de maior repercuss�o. A decis�o gerou revolta na classe art�stica, protestos em diversas capitais e cr�ticas at� no meio pol�tico.

Um dia ap�s tomar posse, o ent�o ministro da Educa��o e Cultura foi recebido com vaias pelos funcion�rios do setor. Os servidores levantaram cartazes e gritavam: �O MinC n�o cabe aqui, o MinC � grande e n�o d� pra extinguir�. Movimentos sociais realizaram a��es em S�o Paulo, Bras�lia, Rio, Porto Alegre, Fortaleza e outras capitais, com protestos e ocupa��o de pr�dios p�blicos.

Artistas consagrados tamb�m criticaram a medida. O cantor Caetano Veloso classificou a decis�o como �retr�grada�. A atriz Fernanda Montenegro disse que Temer pagaria caro. �Enquanto este governo existir, vai sofrer um protesto violento e eu estarei nele�, afirmou. Por outro lado, a atriz Regina Duarte se declarou a favor da extin��o do MinC.

No meio pol�tico, as cobran�as vieram do pr�prio PMDB. O ex-presidente Jos� Sarney, que criou o MinC em 1985, cobrou o retorno da pasta. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defensor da reforma ministerial, disse que a cultura n�o poderia se resumir a uma quest�o �cont�bil� e se comprometeu a fazer a pasta renascer por meio de uma emenda � medida provis�ria enviada por Temer. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)