Bras�lia, 23 - O comando do PT e ex-ministros da gest�o Dilma Rousseff avaliam que a primeira grande crise do governo de Michel Temer - com a revela��o de um di�logo no qual o titular do Planejamento, Romero Juc�, fala na necessidade de "estancar a sangria da Opera��o Lava Jato" - ser� ben�fica para a presidente afastada.
Ex-ministros argumentam que as afirma��es feitas por Juc�, em di�logo com o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, demonstram claramente que o governo Dilma "nada fez para frear" a Lava Jato, ao contr�rio do que disse o ex-l�der do governo no Senado, Delc�dio Amaral (ex-PT-MS), que teve o mandato cassado. Dilma far� um discurso com este tom, insistindo na tese do golpe, ao participar, na noite desta segunda-feira, 23, do congresso da Federa��o Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf), entidade filiada � Central �nica dos Trabalhadores (CUT), no Parque da Cidade, em Bras�lia.
Desde cedo, a presidente afastada est� reunida com auxiliares, no Pal�cio da Alvorada, conhecido como quartel-general da resist�ncia. Seguindo a estrat�gia da "pronta resposta", Dilma pediu ao ex-ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para gravar um v�deo, que foi postado na p�gina dela no Facebook, dando o tom da rea��o petista. As conversas entre Juc� e Machado foram reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo.
Berzoini disse que estava ali para "exigir" a demiss�o de Juc� e a "investiga��o da rela��o de Temer com esse di�logo". Embora at� mesmo o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva considere dif�cil Dilma retornar ao Pal�cio do Planalto, ap�s o julgamento final no Senado - previsto para ocorrer entre agosto e setembro -, os problemas no in�cio da gest�o Temer animaram o PT. Sob comando de Lula, uma ofensiva ser� refor�ada para tentar reverter seis votos de senadores que votaram a favor do impeachment.