(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Perto da grava��o de Juc�, a minha � uma Disney', diz Delc�dio


postado em 24/05/2016 10:19

Bras�lia, 24 - O �ltimo ato que levou � cassa��o do ex-senador Delc�dio Amaral veio de Romero Juc�, o ministro do Planejamento que foi oficialmente exonerado nesta ter�a-feira, 24. Acusado de tentar obstruir as investiga��es da Lava Jato, Delc�dio teve sua cassa��o acelerada ap�s uma cartada de Juc�, que apresentou um requerimento de urg�ncia para a realiza��o da vota��o. Agora, � o ministro quem foi flagrado em uma grava��o tentando travar as mesmas investiga��es.

"Depois da grava��o do Mercadante, Lula e Dilma e essa agora do Juc�, com todo respeito, a minha conversa � uma Disney, uma grande brincadeira", afirmou Delc�dio, em refer�ncia aos recentes grampos que tornaram p�blicas supostas tentativas de impedir o funcionamento da Justi�a.

O ministro Mercadante foi flagrado pelo pr�prio assessor de Delc�dio, enquanto supostamente oferecia vantagens para comprar o sil�ncio do senador. Dilma e Lula foram grampeados em di�logo r�pido que sugere que a nomea��o do ex-presidente � Casa Civil era uma manobra. Juc� sugere para S�rgio Machado uma mudan�a no governo para "estancar" a Lava Jato. J� Delc�dio foi pego tramando um plano de fuga para o ex-diretor da �rea internacional da Petrobras Nestor Cerver�.

As compara��es foram muitas. Em protesto, durante a vinda de Temer e Juc� ao Senado na tarde de segunda, 23, deputados petistas e servidores do Congresso trouxeram placas com os dizeres "Juc� = Delc�dio: Pris�o e Conselho de �tica J�!".

Para o ex-senador, a a��o de Juc� foi muito mais expl�cita e comprometedora. "Ele fala de tudo, e por muito menos eu fui pro saco. Ele cogita uma mudan�a de governo para se fazer um pacto contra a Lava Jato. � absurdo!". Delc�dio cobrou que seja feito o pedido de cassa��o de Juc�, que reassume seu cargo no Senado, mas que seja dado a ele o direito de defesa que, segundo Delc�dio, ele pr�prio n�o teve.

O ex-l�der do governo Dilma no Senado tamb�m analisa que o di�logo entre Juc� e o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado demonstra mais do que uma atua��o solo, mas uma a��o "institucionalizada".

"O que essas grava��es provam � que h� uma obstru��o de justi�a institucionalizada, � n�vel presidencial e no Legislativo. Uma obstru��o de justi�a em cima de um pacto que passa pelo afastamento de uma presidente, isso � muito grave!" Para o ex-senador, a grava��o de Juc� transmite a ideia de que n�o havia argumento constitucional para o impeachment de Dilma e que os motivos eram outros.

Minist�rio

Delc�dio n�o quis se comprometer em dizer se Juc� deveria ou n�o ser preso, dada a semelhan�a do caso com o seu. Mas apostou que o senador licenciado n�o volta mais ao Minist�rio. "Ele n�o devia nem ter sido nomeado. Ele n�o volta mais para o Minist�rio, n�o tem condi��es. Com essa grava��o, o Romero se inviabilizou", disse.

O ex-senador relembrou que Juc� j� teve outra curta passagem pelo posto de ministro, � frente da Previd�ncia em 2005, na gest�o Lula. Sob press�o de den�ncias, ele deixou a pasta em menos de quatro meses. "Essa indica��o tamb�m foi um equ�voco e durou muito pouco. Romero, o Breve", brincou Delc�dio.

Impeachment

Na avalia��o do ex-l�der do governo, a revela��o do di�logo de Juc� tem o seu peso, mas n�o ser� suficiente para reverter o processo de impeachment em curso no Senado. "A grava��o deu muni��o, � um discurso muito forte para a base parlamentar da Dilma, mas n�o reverte o impeachment por quest�es absolutamente pr�ticas", analisa. Para Delc�dio, o governo Dilma est� inviabilizado politicamente, sem condi��es gerenciais.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)