S�o Paulo, 24 - O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula Jos� Dirceu aparece novamente entre os suspeitos de receberem propina no esquema de corrup��o da Petrobras na nova fase da Lava Jato, chamada V�cio, deflagrada nesta ter�a-feira, 24. O nome do petista ressurge seis dias ap�s ele ser condenado � maior pena aplicada pelo juiz S�rgio Moro, respons�vel pela opera��o na primeira inst�ncia. Foram 23 anos de pris�o.
Naquela a��o, ele foi sentenciado por ser um dos destinat�rios das propinas de R$ 56,8 milh�es pagas pela empreiteira Engevix, integrante do cartel de empresas que em conluio com pol�ticos fatiava obras na Petrobras. O montante � referente a 0,5% e 1% de cada contrato e aditivo da empresa em obras da Unidade de Tratamento de G�s de Cacimbas (UTGC), na Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), na Refinaria Presidente Get�lio Vargas (Repar) e na Refinaria Landulpho Alves (RLAM).
Esses valores eram divididos entre os funcion�rios da diretoria de Servi�os, incluindo o pr�prio ex-diretor Renato Duque, que pegou 20 anos de pris�o nesta a��o, operadores de propinas e o PT. A cota de Dirceu saiu da parcela destinada ao partido.
Agora o ex-ministro e do ex-diretor de Servi�os da estatal est�o sendo investigados pela suspeita de receberem tamb�m parte das propinas da ordem de R$ 40 milh�es pagas no Brasil e no exterior por empresas fornecedoras de tubos da estatal a funcion�rios da petrol�fera e agentes pol�ticos entre 2009 e 2013. As empresas de tubos teriam utilizado uma construtora de fachada, um escrit�rio de advocacia e transfer�ncias no exterior por meio de offshores para fazer os pagamentos il�citos.
No total foram expedidos dois mandados de pris�o preventiva, nove mandados de condu��o coercitiva e 16 mandados de busca e apreens�o, que est�o sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em S�o Paulo.
Al�m de ser condenado na a��o que envolve Dirceu, Renato Duque tamb�m j� foi condenado em outras duas a��es penais da Lava Jato, de modo que suas penas hoje somam 50 anos, 11 meses e 10 dias de pris�o.