Em sua fala, que foi transmitida por um tel�o para jornalistas, Temer salientou que se sentia envaidecido pelo fato de alguns afirmarem que ele est� instituindo uma esp�cie de semiparlamentarismo. "Significa que estamos reinstitucionalizando o Pa�s", afirmou, ressaltando aos l�deres que estavam "governando juntos".
Temer disse que lamentava o comportamento de alguns opositores que "propuseram a modifica��o da meta e hoje anunciam que v�o tentar tumultuar os trabalhado para tentar impedir a vota��o". "Isso revela, aos olhos de quem v� o Pa�s como finalidade e n�o um governo ou um partido, a real discord�ncia com a tranquilidade institucional do Pa�s", afirmou.
O presidente em exerc�cio ponderou que o papel da oposi��o era importante e n�o estava se queixando. "A oposi��o nas democracias existe para ajudar a governar", disse. Mas afirmou afirmou que h� dois momentos - um em que partidos divergem entre si para chegar ao poder, a campanha, e outro, p�s-elei��o, em que "todos devem trabalhar pelo bem comum".
Temer afirmou que o projeto original da meta fiscal n�o foi redigido por sua equipe. "Foi remetido por quem estava no governo, n�s apenas tivemos que rever o montante do d�ficit", afirmou. Na revis�o da meta, o governo alterou o d�ficit de R$ 96 bilh�es para R$ 170,5 bilh�es.
Agress�es
Temer afirma que seu governo est� sendo "v�tima de agress�es psicol�gicas", mas n�o tem preocupa��o quanto aos protestos. "N�s n�o temos que dar aten��o a isso, temos que cuidar do Pa�s", discursou para os l�deres da base aliada. "Aqueles que quiserem esbravejar, fa�am o quanto quiserem pela via legal", disse. Ele afirmou que � preciso ficar "atento" �s contesta��es das ruas, desde que haja "ordem". Em seguida, lembrou as manifesta��es de junho de 2013, quando milhares foram �s ruas protestar, entre outras coisas, por melhorias nos servi�os p�blicos. Segundo o presidente em exerc�cio, o movimento perdeu legitimidade quando surgiram os "black blocks". "Jamais voltarei a esse assunto. Precisamos cuidar do governo e do Pa�s", disse.
O presidente em exerc�cio refutou as manifesta��es de que o governo interino representa uma ruptura da Constitui��o. "Isso � de quem n�o l� a Constitui��o. Nossas institui��es est�o funcionando. Se houvesse ruptura, n�o funcionaria", afirmou. Temer disse que compreende a interinidade de sua gest�o. "Mas isso n�o significa que o Pa�s deve parar. Ao contr�rio, � preciso produzir os fatos para levar o governo adiante. N�o podemos ficar paralisados", afirmou.