Bras�lia, 25 - O senador Romero Juc� (PMDB-RR) rebateu �s 3h desta quarta-feira, 25, as cr�ticas que recebeu do deputado Silvio Costa (PtdoB-PE) e refor�ou o discurso da "heran�a maldita" recebida da presidente afastada, Dilma Rousseff, pelo governo em exerc�cio de Michel Temer. O ex-ministro do Planejamento chegou afirmar que a maior "heran�a maldita" recebida por Temer � a oposi��o.
"Me pediram uma prova: a maior delas pode ser vista no espelho por voc�s mesmo, a maior heran�a maldita que o governo do Temer recebe � essa oposi��o, � ter que aguentar voc�s", disse em seu discurso na tribuna. Em sua fala, o deputado oposicionista afirmou que, caso Juc� voltasse atr�s em seu discurso sobre as dificuldades que o governo da presidente Dilma Rousseff deixou, ele votaria a favor da altera��o da meta fiscal.
Refor�ando a defesa feita pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de que o governo de Dilma tamb�m teve um ministro com �udios revelados, Juc� afirmou que, diferente de Alo�sio Mercadante, que foi mantido no cargo ap�s os �udios em que, supostamente, tenta comprar o senador Delc�dio do Amaral (sem partido - MS) para que o parlamentar n�o fizesse acordo de dela��o premiada.
"Assim como eu, no governo passado, um ministro foi grampeado, o Mercadante, e a Dilma o manteve. O que � que eu fiz? Eu cheguei no presidente (Temer) e disse que defendi minhas posi��es, mas disse que estava comunicando ao Minist�rio P�blico que n�o cometi crime e me afastei do governo enquanto o MP n�o responde", destacou o ex-ministro.
O senador pediu para fazer um esclarecimento e refor�ou que, em mar�o, teve um di�logo com o ex-senador S�rio Machado onde mostrou suas posi��es pessoais. Mais uma vez, Juc� rebateu as cr�ticas e refor�ou que se afastou do cargo, enquanto Mercadante "se escondeu atr�s da Dilma".
Durante seu discurso, o ex-vice-l�der do governo Dilma Rousseff na C�mara, deputado Silvio Costa (PtdoB-PE), disse que a nova meta era "chut�metro" do governo Michel Temer. "Voc�s inventaram um conjunto de mentiras e agora dizem que � verdade", afirmou. Para Costa, o Congresso votou pauta-bomba, trabalhou os dois �ltimos anos contra o governo e agora n�o pode "cobrar responsabilidade dessa oposi��o provis�ria". Costa desafiou Temer a encaminhar ao Parlamento a proposta de recria��o da CPMF e as reformas trabalhistas e previdenci�ria.
Coube deputado Paulo Pimenta (PT-RS) sair em defesa de Mercadante e rebater o discurso de Juc�. "A situa��o do Juc� deve ser comparada com a situa��o de Delc�dio", disse o petista. Para Pimenta, o peemedebista foi flagrado falando em tr�nsito com ministros do Supremo Tribunal Federal e expectativas de livrar pol�ticos das investiga��es da Opera��o Lava Jato.
Pimenta culpou os partidos que hoje apoiam Temer por engessar a capacidade do governo e impedir que medidas econ�micas fossem aprovadas. "Os senhores trabalharam de maneira consciente para que a economia do Pa�s fosse se deteriorando", acusou.
Juc� permaneceu na Mesa durante todo o per�odo em que o presidente do Senado, conduziu os trabalhos da sess�o do Congresso. Ao lado de Renan, Eun�cio de Oliveira e Edison Lob�o, Juc� ouviu questionamentos de parlamentares sobre se ele podia ou n�o estar ali.
A deputada Maria do Ros�rio afirmou que Juc� n�o tinha direito de estar na Mesa porque ele se licenciou do mandato para assumir o minist�rio do Planejamento. "Ele est� ali n�o � para orientar os deputados. Ele est� ali para dizer a Janot que pode tudo", disse ela, referindo-se ao procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot.
Mais cedo, a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) fez o mesmo questionamento. Segundo ela, a presen�a do senador peemedebista incomodava os parlamentares. "Incomoda muitos de n�s que, mesmo o senador Romero Juc� tendo mantido o mandato at� aqui, entre no Senado e sente-se � mesa, como se mantivesse autoridade, e ainda fique fazendo goza��o com a interven��o de parlamentares na tribuna e sorrindo", disse a deputada.
"Devia ter, pelo menos, a capacidade de se recolher, ou algu�m o recolher, para que a gente possa ter o respeito da sociedade e n�o seja t�o acintosa a presen�a dele no plen�rio dessa forma", completou.