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Estado de Minas

Planalto tenta manter grava��es divulgadas restritas ao PMDB


postado em 28/05/2016 07:00 / atualizado em 28/05/2016 07:30

Bras�lia - O Pal�cio do Planalto sob o comando do presidente em exerc�cio Michel Temer tenta manter dist�ncia dos desdobramentos da colabora��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado na Opera��o Lava-Jato. O discurso predominante no entorno de Temer � de que, ap�s a sa�da do senador Romero Juc� (PMDB-RR) do Minist�rio do Planejamento em consequ�ncia da primeira grava��o tornada p�blica, o governo pode focar a aten��o na agenda econ�mica e evitar ser tragado pelo esc�ndalo.

O fato de Machado, um ex-senador tucano que migrou para o PMDB em 2001, ter ocupado o comando da Transpetro nos governos do PT com apoio pol�tico do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), ajuda o Planalto nessa estrat�gia de se tentar manter dist�ncia do caso. Com a sa�da de Juc� do Planejamento, resta na Esplanada o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (Turismo), que � alvo de pedido de investiga��o dentro da Lava-Jato. Ele foi sondado pelo pr�prio Temer sobre qual seria sua situa��o nas investiga��es e teria ouvido do aliado que n�o haver� surpresas em rela��o a ele. Alves foi avisado, por�m, que, se algum fato novo aparecer, ter� de deixar a pasta.

Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apesar da queda de Juc�, a boa not�cia para o governo � que a divulga��o dos �udios n�o contaminou a base aliada a ponto de atrapalhar a aprova��o da nova meta fiscal no Congresso. O secret�rio do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, tamb�m deu prioridade ao discurso econ�mico. “O governo Temer continua com o mesmo foco, que gera o mesmo discurso, que imp�e a mesma prioridade: economia, economia, economia.” A agora oposi��o comandada pelo PT, por sua vez, tenta explorar a crise provocada pelas grava��es de Machado. “A opini�o p�blica j� est� virando contra ele (Temer)”, disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

‘SENHOR DOS AN�IS’


J� o senador cassado Delc�dio do Amaral (ex-PT/MS) defendeu a sa�da de Renan da presid�ncia do Congresso). “O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da C�mara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan � o senhor dos an�is, faz o que quer, manipula tudo, usurpa”, disse o ex-parlamentar. Delc�dio partiu para o ataque e pediu a cabe�a de Renan depois da divulga��o do �udio em que Renan conversa com ‘Vanderbergue’ sobre o processo de cassa��o do ex-petista. Os investigadores suspeitam que o interlocutor de Renan � Vanderbergue Sobreira Machado, da diretoria de Assessoria Legislativa da CBF e ex-chefe chefe de gabinete do ex-ministro Marco Maciel (Educa��o/Governo Sarney) e � muito ligado ao PMDB e ao senador.

No di�logo, Renan diz a Vandenbergue que Delc�dio “tem que fazer… Fazer uma carta, submeter a v�rias pessoas, fazer uma coisa humilde… Que j� pagou um pre�o pelo que fez, foi preso tantos dias… Fam�lia pagou… A mulher pagou…” Vandenbergue respondeu. “Ele (Delc�dio) s� vai entregar � comiss�o (Conselho de �tica), fazer essa carta e vai embora”. O teor da conversa entre Renan e Vandenbergue Machado deixou Delc�dio indignado. E com a certeza de que sua cassa��o foi “manipulada” pessoalmente por Renan. “Ele (Renan) tinha medo da minha dela��o, ele tinha comprometimento com o Pal�cio do Planalto.” Delc�dio fechou acordo de colabora��o com a Procuradoria-Geral da Rep�blica em fevereiro. Dias depois, foi colocado em liberdade - ele havia sido preso em 25 de novembro de 2015 por suspeita de tramar contra a Opera��o Lava-Jato. “Esse Vanderbergue � um cara que eu conhe�o h� muito tempo”, afirma Delc�dio. “Ele � diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Come�ou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Minist�rio da Educa��o (Governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan”, afirmou.


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