(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Citado em novas grava��es, ministro da Transpar�ncia nega irregularidades

Fabiano Silveira teve conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado. No di�logo, ele orienta Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros, a como agir nas investiga��es da Lava-Jato


postado em 30/05/2016 08:37 / atualizado em 30/05/2016 09:38

Bras�lia - O ministro da Transpar�ncia, Fiscaliza��o e Controle, Fabiano Silveira, negou ter cometido irregularidades durante as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, reveladas pelo Fant�stico nesse domingo, 29.

Nos �udios registrados h� cerca de tr�s meses, quando Silveira ainda era do Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), ele aconselha Machado e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sobre como deveriam agir em rela��o �s investiga��es da Opera��o Lava-Jato, da Pol�cia Federal. Atualmente, Silveira comanda pasta estrat�gica para medidas de combate � corrup��o no Pa�s.

Em nota, o ministro alega que esteve "de passagem" na resid�ncia oficial do presidente do Senado na ocasi�o em que a conversa foi gravada, que n�o sabia da presen�a de Machado na reuni�o e que eles n�o t�m nenhuma rela��o, pessoal ou profissional.

"(Silveira) esteve involuntariamente em uma conversa informal e jamais fez gest�es ou intercedeu junto a institui��es p�blicas em favor de terceiro", afirma o texto divulgado pela sua assessoria de imprensa. Ele diz ainda que "chega a ser desprop�sito" sugerir que o Minist�rio P�blico, uma institui��o que demonstra independ�ncia e altivez, "possa sofrer qualquer interfer�ncia externa".

Funcion�rio de carreira do Senado, Fabiano Silveira foi indicado para o CNJ pelo pr�prio Renan, no ano passado. Entre as compet�ncias dos conselheiros do Minist�rio P�blico, cargo ocupado por Silveira na �poca, est� "a fiscaliza��o administrativa, financeira e disciplinar do MP em prol do cidad�o".

A conversa entre Silveira, o presidente do Senado e Machado ocorreu poucos meses antes de sua indica��o para o minist�rio da Transpar�ncia pelo presidente em exerc�cio Michel Temer. A pasta substituiu a Controladoria-Geral da Uni�o (CGU) e ser� respons�vel pelo novo marco legal para os acordos de leni�ncia para empresas envolvidas com corrup��o.

No �udio, Renan mostra-se preocupado com um dos inqu�ritos a que responde no Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga ele e Machado por supostamente terem recebido propina para favorecer um cons�rcio de empresas em licita��o para renovar a frota da Transpetro.

Na grava��o, Renan diz a Silveira que est� preocupado com um recibo. Silveira ent�o discute com eles a estrat�gia de defesa nesse caso e aconselha Renan a n�o entregar uma vers�o dos fatos, pois isso daria � Procuradoria condi��es de rebater detalhes da defesa.

Em outro trecho, o atual ministro faz cr�ticas � condu��o da investiga��o da opera��o Lava Jato pela PGR e diz que o procurador-geral, Rodrigo Janot, e os demais procuradores est�o "perdidos".

A reportagem do Fant�stico revela ainda uma outra conversa, de 11 de mar�o, sem a presen�a de Fabiano Silveira, na qual Renan e S�rgio Machado comentam a atua��o do atual ministro, que teria ido falar com Janot, depois da reuni�o que tiveram em 24 de fevereiro. Na conversa, o presidente do Senado relata que n�o acharam nada contra ele e que Janot o teria chamado de "g�nio".

Na reuni�o que ocorreu em fevereiro, tamb�m estava presente o advogado e ex-assessor de Renan, Bruno Mendes, e pelo menos um outro homem que n�o foi identificado. Procurada, a assessoria de imprensa do presidente do Senado n�o respondeu. A defesa de Machado tamb�m n�o retornou �s liga��es. O presidente Michel Temer e o procurador-geral da Rep�blica n�o quiseram comentar as grava��es.

Vota��es

Questionado se a s�rie de vazamentos envolvendo a c�pula do PMDB poderia atrapalhar as vota��es no Congresso Nacional e enfraquecer a base aliada de Temer, o l�der do governo na C�mara, Andr� Moura (PSC-SE), negou.

Para Moura, os �udios "nada t�m a ver com o governo Temer". "S�o grava��es que n�o envolvem Temer, e sim a opera��o Lava Jato do governo do PT, a oposi��o deveria se lembrar disso. Todas essas grava��es fazem refer�ncia ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula", declarou.

O l�der acredita que os �udios vazados do senador Romero Juc� (PMDB-RR), ent�o ministro do Planejamento, demonstraram uma prova de for�a da base aliada. "Recentemente n�s tivemos um exemplo do que aconteceu com o ent�o ministro Juc�, em que a base se comportou da forma que esper�vamos, ent�o eu n�o posso comentar muito porque n�o assisti ainda a reportagem completa, mas entendo que essas quest�es a gente n�o pode misturar. Essa � uma quest�o do governo, tem que separar do Legislativo."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)