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Estado de Minas

Lava-Jato chega a Dilma e fortalece base de Temer

Conte�do inicial da dela��o premiada do executivo Marcelo Odebrecht causou impacto na a��o do impeachment, em tr�mite final no Senado


postado em 05/06/2016 08:19 / atualizado em 05/06/2016 09:16

Bras�lia, 05 - O conte�do inicial da dela��o premiada do executivo Marcelo Odebrecht causou impacto na a��o do impeachment, em tr�mite final no Senado, e dever� fortalecer a base governista na tentativa de acelerar o desfecho do processo. As informa��es prestadas pelo empreiteiro � Opera��o Lava-Jato envolvem diretamente a presidente afastada Dilma Rousseff.

A a��o de afastamento tem por base as pedaladas fiscais e ainda precisa ser votada novamente no Senado. Por�m, a pr�pria defesa de Dilma tentou incluir semana passada no processo elementos da Opera��o Lava-Jato, que apura desvios na Petrobras. A petista buscava ganhar tempo, enquanto a base governista no Senado quer acelerar o desfecho desta etapa final do tr�mite.


At� anteontem, a estrat�gia de Dilma e do PT era protelar o impeachment apostando no desgaste do presidente em exerc�cio Michel Temer por conta das revela��es do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado na Lava-Jato, que atingem aliados importantes de Temer no PMDB, como o senador Romero Juc� (RR). A divulga��o das primeiras revela��es de Odebrecht, no entanto, ampliaram o fogo sobre Dilma e forneceram muni��o para o Planalto.

O l�der do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), defendeu ontem a inclus�o das informa��es prestadas por Odebrecht como prova no processo de impeachment. Para o tucano, as declara��es do empres�rio dever�o ajudar a convencer senadores indecisos de que a petista n�o tem condi��es de voltar a comandar o Pa�s.

Segundo reportagem da revista Isto�, em acordo de confidencialidade com a Opera��o Lava-Jato, Odebrecht disse que Dilma pediu pessoalmente uma doa��o de R$ 12 milh�es para sua campanha eleitoral em 2014. Conforme a publica��o, o empreiteiro diz que o ent�o tesoureiro da campanha, Edinho Silva, solicitou o montante, mas a Odebrecht recusou-se a pagar. O empres�rio, ent�o, teria procurado Dilma, que teria afirmado: "� para pagar".

"Essas declara��es ajudam a formar a convic��o de que ela n�o pode permanecer na Presid�ncia. � mais uma elemento para corroer aquela f�mbria de autoridade que ela tinha", disse Aloysio. Para o senador, as afirma��es de Odebrecht devem ser levadas em considera��o no julgamento do impeachment. "Isso contribui para desmoronar aquela imagem virginal que ela o PT constru�ram dela e da gest�o dela".

De acordo com a revista Veja, Odebrecht tamb�m afirmou que a reelei��o de Dilma foi financiada com propina depositada em contas no exterior.

�udios

Na avalia��o de Aloysio Nunes, o pr�prio advogado de Dilma, Jos� Eduardo Cardozo, abriu espa�o para essa inclus�o, ao pedir ontem na comiss�o do impeachment do Senado a inclus�o como prova dos �udios em que Juc� defende estancar as investiga��es da Lava-Jato. "J� que � para falar do conjunto da obra, fica evidente que (a declara��o de Odebrecht) deve ser levada em considera��o." Na sess�o da comiss�o do impeachment do Senado, na quinta-feira, o pedido de Cardozo foi negado pelo relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucano mineiro sustentou que os �udios de Juc� s�o estranhos ao processo. "Os �udios n�o s�o fatos novos, n�o alargam o objeto. N�o s�o estranhos ao processo, eles s�o o processo", rebateu o advogado de Dilma.

O l�der do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que Dilma Rousseff deveria renunciar ao cargo e "poupar o Brasil" da espera pelo desfecho do processo de impeachment. "J� existiam insinua��es nesse sentido e agora vem a comprova��o final da participa��o direta da presidente da Rep�blica em todos esses atos irregulares e criminosos na opera��o da Petrobras", afirmou.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que as acusa��es de Marcelo Odebrecht sobre pedido de doa��o ilegal para a campanha da presidente afastada refor�am a tese de cassa��o da chapa das elei��es presidenciais de 2014 formada pela petista e por Temer.

"Se confirmado, isso contamina a chapa. Afinal, Temer n�o seria presidente interino se Dilma n�o tivesse sido eleita", afirmou Randolfe. Para o senador, a declara��o de Odebrecht refor�a a necessidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar logo o caso. A chapa Dilma-Temer � alvo de quatro a��es ajuizadas pelo PSDB, pedindo a cassa��o por abuso de poder econ�mico nas elei��es presidenciais de 2014.


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