Ap�s pedidos de pris�o, Cristovam Buarque intensifica campanha por novas elei��es

Bras�lia, 07 - Assim que soube do pedido de pris�o do presidente do Senado (PMDB-AL), Renan Calheiros, do senador Romero Juc� (PMDB-RR) e do ex-presidente Jos� Sarney (PMDB-AP), na manh� desta ter�a-feira, 7, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) ligou para parlamentares defendendo a realiza��o de novas elei��es.

Buarque acredita que as acusa��es da Procuradoria-geral da Rep�blica (PGR) contra os caciques do PMDB enfraquecem o governo do presidente em exerc�cio Michel Temer e fortalecem a tese "nem Dilma, nem Temer".

Apesar de se posicionar contra Dilma Rousseff, o senador tamb�m considera que as acusa��es fortalecem a defesa da presidente afastada de que o impeachment foi um golpe pol�tico.

"Um pedido de pris�o de um senador qualquer j� � grave, agora um pedido de pris�o de um senador presidente � muito mais grave, e em um momento em que est�o discutindo a destitui��o de uma presidente da Rep�blica � ainda mais grave" disse Buarque.

"Mas n�o � tudo. � ainda mais grave porque a raz�o que se coloca do pedido de pris�o � uma fita em que se sup�e o presidente do Senado estaria tentando atrapalhar a opera��o Lava Jato, que � a causa do pedido de impeachment. Essas quatro raz�es deixam isso aqui (Senado) explodindo. Isso aumenta a imagem de que o impeachment pode ter cheiro de golpe, eu nem digo que seja golpe, porque n�o �, e nem o impeachment partiu de Juc� e Renan, a ideia do impeachment partiu dos erros de Dilma", declarou.

O senador tamb�m negou que os parlamentares estejam blindando Renan na Casa. "Eu n�o chamaria blindagem, pois a� seria como se fosse consciente, mas o Renan � um cara muito h�bil, muito articulado, que passa muita simpatia aqui dentro. O estilo do Renan � de conversa, ent�o existe um cuidado diferente, e isso � ruim porque passa a imagem de que a gente est� protegendo e fica mal para todos n�s", disse Buarque.

O parlamentar afirmou que sugeriu que Renan convoque uma reuni�o de l�deres ainda nesta ter�a-feira para que os senadores possam discutir o assunto. Para ele, mesmo que o ministro do STF Teori Zavascki n�o acate o pedido de pris�o, a demora na aprecia��o pode fazer com que o peemedebista perca as condi��es para comandar os trabalhos do Senado.